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Espanha aumenta salário da Função Pública a poucos meses das eleições

O Governo de Rajoy sobe os salários dos funcionários públicos após cinco anos de cortes e congelamentos, e antecipa para antes da ida às urnas a reposição de mais uma tranche do subsídio de Natal, cortado em 2012.

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31 de Julho de 2015 às 11:08
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Aumento de 1% nos ordenados, reposição de parte do subsídio de Natal cortado em 2012, restituição de dias livres e aumento da oferta pública de emprego. Estas são algumas das propostas laborais do Governo espanhol, a poucos meses das eleições legislativas no país vizinho, escreve esta sexta-feira, 31 de Julho, o jornal El País.

 

O aumento de 1% no salário dos funcionários públicos em 2016 será a primeira subida desde 2010, ano em que o então primeiro-ministro socialista, José Luiz Rodriguez Zapatero, cortou, em média, 5% nos salários. Seguiram-se anos consecutivos de congelamento salarial, a par de outras medidas de austeridade que em cinco anos, calculam os sindicatos, levaram à perda de 20% do poder de compra por parte destes funcionários.

 

O El País escreve que "a poucos meses das eleições, o Governo está a despejar, semana a semana, a artilharia eleitoral". No que toca ao subsídio de Natal, 25% do valor já tinha sido devolvido no início do ano e mais 25% serão pagos em Setembro, ou seja, ainda antes das eleições onde o conservador Mariano Rajoy tentará a reeleição. Os restantes 50% serão restituídos no próximo ano. Custará 1.300 milhões de euros repor um quarto deste subsídio em todos os organismos da administração pública.

 

O descongelamento das contratações no Estado é outra medida simpática decidida pelo Executivo liderado pelo PP, para aplicar em 2016. Nos serviços públicos essenciais, que abrangem os sectores da saúde, educação, forças de segurança ou funcionários do Fisco, a taxa de substituição dos funcionários públicos, por motivo de reforma ou de baixa, passa dos actuais 50% para 100%.

 

Recorde-se que os trabalhadores espanhóis já sentiram um alívio fiscal no recibo de vencimento de Julho, graças à descida do IRS, prevista inicialmente para vigorar a partir de Janeiro do próximo ano, mas que acabou por ser antecipada para este mês. A 10 de Julho, quando foi oficializada esta medida – e previsto um crescimento de 3,3% do PIB neste ano e a descida da taxa de desemprego para 21,1% -, o ministro das Finanças, Cristobal Montoro, garantiu que as receitas não vão diminuir, explicando que houve um alargamento da base tributária, pelo aumento do número de pessoas com emprego.

 

Em Portugal também há salários a subir em ano eleitoral. Como o Negócios noticia na edição desta sexta-feira, o Governo congelou de forma genérica as promoções e progressões ao longo de 2015 mas são cada vez mais as excepções à regra. Depois dos funcionários das Finanças, do Instituto Nacional de Estatística, da Defesa e dos serviços secretos, entre outros, agora são os "cobradores" da Segurança Social que reclamam aumentos.

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