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Governo espanhol reduz IRS para estimular crescimento económico

Contribuintes espanhóis vão sentir já no final do mês a diminuição do IRS. A medida já era conhecida, mas tornou-se oficial esta sexta-feira, no conselho de ministros. Ministro do Orçamento acredita que estimulará o crescimento económico.

Bloomberg
10 de Julho de 2015 às 17:20
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O Governo espanhol oficializou em conselho de ministros a descida do IRS e a previsão de crescimento económico para 3,3% este ano (em 2014 o PIB cresceu 1,4%) e 3% para 2016. Já o desemprego desce para 21,1%, e prevê-se a criação de mais de 600 mil postos de trabalho. A medida já era conhecida e a sua aplicação estava prevista para Janeiro de 2016, mas no início do mês o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy anunciou a sua antecipação, oficializada esta sexta-feira, 10 de Julho e que será aplicada nos salários de Julho.

Com o imposto sobre o rendimento entre os 20% e os 47%, o Governo espanhol anunciou agora oficialmente uma redução para 19,5%, escreve o jornal espanhol Cinco Dias.

O ministro do Orçamento, Cristobal Montoro, garantiu que as receitas desta taxa não diminuirão uma vez que se registou um alargamento da base tributária através do aumento do número de pessoas com emprego.

Esta decisão "estimulará o crescimento económico" e importa agora melhorar a retribuição dos funcionários, numa política de "devolução dos esforços que os contribuintes estão a fazer pelo Governo", afirmou o ministro, destacando que é necessário "dignificar e melhorar" a função pública.

O Governo afirmou também que o primeiro passo é gerir a "crise das receitas fiscais". A estratégica é diminuir a carga fiscal e aumentar as receitas através do crescimento económico. Os números apresentados pelo governo mostram também o aumento da taxa de crescimento das exportações, de 4,2% para 5,5% e a redução de importações, de 7,6% em 2014 para 6%.

Paralelamente, o ministério da Indústria irá cortar 2,1% na factura da electricidade, o que representará uma descida de 2,2% para os consumidores, anunciou a vice-presidente do Governo, Soraya Saenz de Santamaria. A burocracia existente para que os pequenos consumidores produzam a sua própria energia (menos de 10 quilowatts) também será eliminada, com menores cargas administrativas e de gestão.

O Governo alertou no final para a necessidade de eliminar o endividamento financeiro, que numa primeira fase se focou nas instituições e nas famílias e que agora é a vez da Administração Pública contribuir também.

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