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Tancos: PGR suspeita de terrorismo e tráfico de armas internacional

O Ministério Público abriu um inquérito ao desaparecimento de armamento militar dos paióis de Tancos, estando em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.

Força Aérea Portuguesa
04 de Julho de 2017 às 14:00
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A Procuradoria-Geral da República anunciou esta terça-feira, 4 de Julho, que, no desaparecimento de armamento militar dos paióis de Tancos, está a investigar suspeitas da "prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional", entre outros.

 

Num comunicado, a PGR adianta que as investigações foram iniciadas assim que teve conhecimento do desaparecimento das armas, sendo que "na sequência de análise aprofundada dos elementos recolhidos, o Ministério Público apurou que tais factos, se integram numa realidade mais vasta".

 

Acrescenta que tendo em conta a "natureza e gravidade destes crimes e os diferentes bens jurídicos protegidos pelas respectivas normas incriminadoras, o Ministério Público decidiu que a investigação relativa aos factos cometidos em Tancos deveria prosseguir no âmbito de um inquérito com objecto mais vasto a ser investigado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)".

 

O Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, com total colaboração institucional da Polícia Judiciária Militar.

 

No domingo, o jornal espanhol El Español divulgou uma lista de armamento, que diz ser "o inventário definitivo" do material furtado, distribuída às forças antiterroristas europeias. Esta incluía 1.450 munições de 9 milímetros, 18 granadas de gás lacrimogéneo, 150 granadas de mão ofensivas, 44 granadas foguete anti-carro, além de 22 bobinas de fio utilizado para activação por tracção, 102 unidades de carga explosiva e 264 unidades de explosivo plástico.

 

O Exército anunciou na quinta-feira que tinha sido detectada na véspera, ao final do dia, a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins' – instalações há dois anos sem sistema de videovigilância  -, actualizando no dia seguinte as quantidades de material roubado.

 

Entretanto o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, exonerou cinco comandantes de unidades do ramo para não interferirem com os processos de averiguações em curso. O ministro da Defesa, José Alberto Azeredo Lopes, admitiu a "responsabilidade política" pelo sucedido e ainda ontem o seu colega de Governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva, classificou o roubo de "muito grave." 

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