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Tancos: Governo junta órgãos de segurança do Estado para ponto de situação

O Governo vai reunir-se hoje, em Lisboa, para fazer um ponto da situação da segurança interna na sequência do furto de material militar da base de Tancos, ocorrido há uma semana.

Miguel Baltazar/Negócios
05 de Julho de 2017 às 07:19
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Numa nota divulgada na terça-feira, o gabinete do primeiro-ministro informou que a reunião decorrerá nas instalações do Sistema de Segurança Interna a partir das 15:00.

A delegação do Governo será chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em substituição do primeiro-ministro, António Costa.

Além de Augusto Santos Silva, o Governo vai estar representado pelos ministros da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Justiça, Francisca Van Dunem.

A reunião será conduzida pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna e conta igualmente com as presenças de representantes da Procuradoria-Geral da República, Chefia do Estado-Maior General das Forças Armadas, Sistema de Informações da República Portuguesa, GNR, PSP, PJ, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Serviço de Informações e Segurança e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa.

O Exército anunciou que foi detectada na quarta-feira, ao final do dia, a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém, e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Na sexta-feira, o Exército acrescentou que entre o material de guerra roubado na quarta-feira, estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, mas não divulgou quantidades.

Na sequência do furto, o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, demitiu cinco comandantes de unidades do ramo para não interferirem com os processos de averiguações sobre o furto de material de guerra em Tancos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, exigiu, na terça-feira, "uma investigação total" no caso do furto de material militar nos paióis de Tancos, "doa a quem doer e não deixando ninguém imune".

"Pensando no prestígio de Portugal, no prestígio das Forças Armadas, pensando na autoridade do Estado e na segurança das pessoas, é muito simples: tem de se apurar tudo, de alto a baixo, até ao fim, doa a quem doer", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Na terça-feira, a comissão parlamentar de Defesa aprovou as audições do general Rovisco Duarte, na quinta-feira, e do ministro Azeredo Lopes, na sexta-feira, para que prestem esclarecimentos urgentes sobre o furto de armamento em Tancos.

As audições, requeridas por PSD e CDS-PP, foram aprovadas por consenso entre todas as bancadas na reunião da comissão.
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