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Acionistas querem travar programa de igualdade da Apple. Empresa contesta
É mais um efeito Trump na economia norte-americana. Meta e Amazon estão a fazê-lo. Acionistas conservadores da empresa que produz o iPhone tentaram seguir exemplo e apoiam-se numa decisão do Supremo Tribunal nos EUA.
O conselho de administração da Apple recomendou aos investidores que votassem contra uma proposta dos acionistas para abolir os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) da empresa.
O Centro Nacional de Políticas Públicas, um grupo de reflexão conservador, apresentou uma proposta para que a tecnológica considerasse a abolição do seu "programa, políticas, departamento e objetivos de Inclusão e Diversidade".
A proposta citava decisões recentes do Supremo Tribunal e argumentava que o DEI representa "riscos de litígio, de reputação e financeiros para as empresas" e poderia tornar a Apple mais vulnerável a ações judiciais.
A Apple respondeu que tinha um programa de conformidade bem estabelecido e que a proposta era desnecessária. Acrescentou ainda que a proposta dos acionistas era uma tentativa inadequada de interferir na sua estratégia comercial.
"A Apple é uma empregadora que oferece igualdade de oportunidades e não discrimina no recrutamento, contratação, formação ou promoção com base em qualquer fundamento protegido por lei", afirmou o fabricante do iPhone no processo. A notícia foi divulgada pela primeira vez pelo TechCrunch.
Várias grandes empresas, incluindo a Meta e a Amazon estão a encerrar programas de diversidade antes do regresso do republicano Donald Trump à presidência dos EUA, à medida que a oposição conservadora a essas iniciativas se torna mais forte.
Grupos conservadores denunciaram programas DEI e ameaçaram processar empresas por causa deles, encorajados por uma decisão do Supremo Tribunal dos EUA em 2023 que acabou com a discriminação positiva nas universidades, eliminando as quotas de compensação das minorias.