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Exército gastou mais de 400 mil euros em vigilância enquanto a de Tancos continuava avariada

O sistema de videoviligância de Tancos está avariado desde 2015. Desde então, o Exército gastou mais de 400 mil euros em equipamento de vigilância noutras unidades, escreve o Público. A reparação das câmaras de Tancos foi remetida para 2018.

Força Aérea Portuguesa
05 de Julho de 2017 às 11:09
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A vídeo-vigilância dos Paióis Nacionais de Tancos avariou em 2015. A situação era conhecida e a reparação estava já prevista para o próximo ano. Porém, desde que avariou, o Exército adquiriu material de videovigilância para um conjunto de outras unidades, num investimento superior a 400 mil euros, remetendo então a reparação do sistema de segurança da base que guarda uma parte considerável do arsenal de guerra português apenas para 2018, escreve hoje o Público.

 

A reparação do sistema de vigilância de Tancos está calculada em 95 mil euros. Essa verba foi até já alocada na Lei de Programação Militar, afirmou o ministro da Defesa em entrevista à SIC na passada sexta-feira. "Estamos a falar de um plano que tem um sistema integrado de videovigilância do Exército que foi elaborado e que vai estar concluído em 2018 e que visa reparar no fundo as deficiências que foram detectadas neste domínio", declarou o ministro.

 

Essa reparação foi entretanto antecipada para este ano.

 

De acordo com o Público, o Exército fez seis contratos desde que o sistema de Tancos ficou operacional, alguns deles no âmbito do Sistema Integrado de Controlo de Acessos e Vigilância (SICAVE). Todos os contratos foram firmados com a mesma empresa: Flamengi, Engenharia e Serviços. O primeiro desses contratos tem data de 5 de Maio de 2015 e um valor base de 209 mil euros, para dotar de videovigilância o Quartel de Sapadores de Lisboa, o Quartel n.º 2 da Amadora, o Quartel da Serra do Pilar (Gaia) e Escola de Armas em Mafra.

 

Em Outubro desse ano, foi feito um ajuste directo entre o Estado-Maior do Exército e a Flamengi para instalar um sistema de videovigilância na Direcção de Comunicação e Sistemas de Informação, em Lisboa, por 74 mil euros. Pouco depois, novo contrato para instalar o sistema na Direcção de Informação, em Évora, por 23,4 mil euros. Em Dezembro, há outros dois contratos: um para a Orquestra Ligeira do Exército, em Paço de Arcos, por 25,7 mil euros, e outro para o Estado-Maior do Exército, por 21 mil euros.

 

Em 2016 não surge nenhum contrato, mas a 27 de Janeiro último foi firmado um contrato Regimento de Artilharia n.º 2, em Vendas Novas, por 53,7 mil euros.

 

O Público escreve também que as Forças Armadas têm recorrido sucessivamente a empresas de segurança privadas para prestação de "serviços de vigilância e segurança". Em 2016, o Exército gastou 178 mil euros neste tipo de serviços.

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