Notícia
FMI vê economia a crescer 1,9% este ano e a travar para 1,6% em 2020
O Fundo cortou as previsões para o crescimento mundial e da Zona Euro por causa das tensões comerciais e geopolíticas. No entanto, Portugal vai contra a tendência: PIB é revisto em alta, mas por causa de uma alteração do INE.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia portuguesa cresça 1,9% este ano, o que representa uma travagem face ao crescimento de 2,4% em 2018 mas fica em linha com a previsão do Governo. A projeção foi atualizada no World Economic Outlook de outubro publicado esta terça-feira, 15 de outubro.
Esta previsão do FMI fica acima dos 1,7% anteriormente projetados em julho deste ano. No entanto, estas previsões não deverão ser comparáveis. Tal acontece porque esta projeção deverá ter em conta a nova base das contas nacionais atualizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a 23 de setembro, a qual aumentou o nível do PIB. O relatório do FMI contém a informação disponível até 30 de setembro.
Comparando com a Zona Euro, Portugal continuará a crescer acima da média europeia. A instituição agora liderada pela búlgara Kristalina Georgieva vê a economia europeia a crescer 1,2% este ano, abaixo dos 1,9% do ano passado. Entre os países da Zona Euro, o que menos cresce é Itália (0%), seguido da Alemanha (0,5%), mas ambas as economias deverão recuperar no ano seguinte.
Sobre a metodologia utilizada para Portugal, o Fundo apenas refere que a projeção para 2019 tem como base o orçamento aprovado pelo Governo no Parlamento, "ajustado para refletir a projeção macroeconómica da equipa do FMI". Daí em diante as projeções assumem o cenário de políticas invariantes, ou seja, não se consideram novas medidas de política além das já legisladas.
A "revisão em alta" do FMI para o crescimento do PIB em 2019 vai em linha com a atualização feita pelo Banco de Portugal e pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) na semana passada. O banco central projeta um crescimento de 2%, acima dos 1,7% anteriormente previstos. A diferença foi justificada exatamente pela mudança da base das contas nacionais de 2011 para 2016. Já o CFP vê o PIB a crescer 1,9%.
Quanto ao próximo ano, o Fundo vê a economia portuguesa a crescer 1,6% (1,5% anteriormente) e a Zona Euro a crescer 1,4%, continuando assim Portugal a crescer acima da média europeia. Já no mercado de trabalho a trajetória ainda é de redução da taxa de desemprego de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2020.
Já a inflação em Portugal continuará abaixo da média dos parceiros europeus. O FMI prevê que os preços cresçam 0,9% este ano, o valor mais curto desde 2016, e 1,2% no próximo ano ao passo que a inflação da Zona Euro deverá fixar-se nos 1,2% em 2019 e 1,4% em 2020. Ou seja, continuará abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de uma inflação próxima, mas inferior a 2%.
A perspetiva para o conjunto da economia mundial também piorou, tendo o Fundo revisto em baixa o crescimento para 3% (previsão de 3,3% em abril) este ano, "o ritmo mais lento desde a crise financeira mundial".
O PIB até vai acelerar para os 3,4% em 2020, mas o FMI avisa que o desenvolvimento económico continuará a ser enfraquecido pelas barreiras ao comércio - a instituição prevê que a disputa comercial entre os EUA e a China retire 0,8% ao PIB mundial até 2020 - e o aumento das tensões geopolíticas.
Esta previsão do FMI fica acima dos 1,7% anteriormente projetados em julho deste ano. No entanto, estas previsões não deverão ser comparáveis. Tal acontece porque esta projeção deverá ter em conta a nova base das contas nacionais atualizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a 23 de setembro, a qual aumentou o nível do PIB. O relatório do FMI contém a informação disponível até 30 de setembro.
Sobre a metodologia utilizada para Portugal, o Fundo apenas refere que a projeção para 2019 tem como base o orçamento aprovado pelo Governo no Parlamento, "ajustado para refletir a projeção macroeconómica da equipa do FMI". Daí em diante as projeções assumem o cenário de políticas invariantes, ou seja, não se consideram novas medidas de política além das já legisladas.
A "revisão em alta" do FMI para o crescimento do PIB em 2019 vai em linha com a atualização feita pelo Banco de Portugal e pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) na semana passada. O banco central projeta um crescimento de 2%, acima dos 1,7% anteriormente previstos. A diferença foi justificada exatamente pela mudança da base das contas nacionais de 2011 para 2016. Já o CFP vê o PIB a crescer 1,9%.
Quanto ao próximo ano, o Fundo vê a economia portuguesa a crescer 1,6% (1,5% anteriormente) e a Zona Euro a crescer 1,4%, continuando assim Portugal a crescer acima da média europeia. Já no mercado de trabalho a trajetória ainda é de redução da taxa de desemprego de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2020.
Já a inflação em Portugal continuará abaixo da média dos parceiros europeus. O FMI prevê que os preços cresçam 0,9% este ano, o valor mais curto desde 2016, e 1,2% no próximo ano ao passo que a inflação da Zona Euro deverá fixar-se nos 1,2% em 2019 e 1,4% em 2020. Ou seja, continuará abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de uma inflação próxima, mas inferior a 2%.
A perspetiva para o conjunto da economia mundial também piorou, tendo o Fundo revisto em baixa o crescimento para 3% (previsão de 3,3% em abril) este ano, "o ritmo mais lento desde a crise financeira mundial".
O PIB até vai acelerar para os 3,4% em 2020, mas o FMI avisa que o desenvolvimento económico continuará a ser enfraquecido pelas barreiras ao comércio - a instituição prevê que a disputa comercial entre os EUA e a China retire 0,8% ao PIB mundial até 2020 - e o aumento das tensões geopolíticas.