Notícia
Portugal é um de 5 países da Zona Euro que vê PIB a acelerar em 2020
Portugal, Alemanha, Grécia, Itália e Eslovénia são os cinco países que antecipam uma aceleração do PIB no próximo ano quando a maior parte das previsões mundiais aponta para uma travagem.
Os planos orçamentais para 2020 entregues pelos 19 Estados-membros da Zona Euro à Comissão Europeia mostram que há apenas cinco países a anteciparem uma aceleração do PIB no próximo ano. Portugal é um deles, somando-se a Alemanha, a Grécia, a Itália e a Eslovénia. Entre os restantes 14 países da moeda única, 12 antecipam uma travagem e dois mantêm o ritmo de crescimento.
Nos últimos meses têm sido constantes os dados económicos que dão conta de uma desaceleração da economia mundial à boleia da disputa comercial entre os EUA e a China, mas também devido à deterioração principalmente da indústria, com os serviços ainda a aguentarem-se.
Com base na nova informação, as previsões das instituições internacionais têm vindo a ser revistas em baixa consecutivamente: ainda esta semana o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as projeções e revelou que 2020 deverá ser o ano de menor crescimento desde a crise financeira de 2008/2009.
Contudo, seja porque nem todos os países estão a ser atingidos da mesma forma ou porque os Governos estão mais ambiciosos, há cinco países da Zona Euro que, apesar da desaceleração prevista para o bloco em média, estão a contar com uma aceleração da economia no próximo ano nos esboços de Orçamento de Estado entregues em Bruxelas.
É esse o caso de Portugal que prevê uma aceleração do ritmo de crescimento de 1,9% em 2019 para 2% (acima dos 1,9% previstos no Programa de Estabilidade). No entanto, neste caso é preciso ter várias cautelas nas comparações.
Em primeiro lugar porque a mudança da base das contas nacionais feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pode ter influenciado as previsões; e em segundo lugar porque este plano orçamental é apresentado em políticas invariantes, ou seja, tendo apenas em conta as medidas já legisladas e ignorando qualquer medida que o Governo esteja a pensar implementar no próximo ano no OE2020, o que poderá vir a afetar o consumo público, o consumo privado ou o investimento (componentes do PIB).
Certo é que o Conselho das Finanças Públicas (CFP) duvida que essa aceleração seja concretizável tendo como base os números apresentados pelo Ministério das Finanças. A principal diferença reside na previsão para as exportações que o CFP considera ser otimista dada a envolvente externa onde é notória a degradação das perspetivas económicas nos principais parceiros comerciais da economia portuguesa.
Alemanha e Itália recuperam de ano "horribilis"
Porém, o Governo português não está sozinho na previsão de aceleração do PIB no próximo ano. A Alemanha e a Itália também antecipam uma recuperação, após o ano "horribilis" de 2019.
No caso da Alemanha, o PIB deverá acelerar de um crescimento de 0,5% este ano para 1,5% no próximo. Já Itália passará da estagnação (0%) para um crescimento de 0,6%.
A Grécia continuará o caminho de recuperação económica dado que a economia grega chegou mais tarde ao ciclo económico positivo na Europa. O PIB grego deverá acelerar de 2% em 2019 para os 2,8% em 2020. Por último, a Eslovénia também vê o PIB acelerar de 2,8% para 3%.
Já o Governo belga e o luxemburguês antecipam que as respetivas economias continuem com o mesmo ritmo de crescimento nos dois anos. Os restantes 12 Estados-membros da Zona Euro vão desacelerar com especial destaque para a Irlanda que assume uma travagem de 5,5% em 2019 para 0,7% em 2020 uma vez que este cenário incorpora o impacto de uma saída desordeira do Reino Unido da União Europeia.
Nos últimos meses têm sido constantes os dados económicos que dão conta de uma desaceleração da economia mundial à boleia da disputa comercial entre os EUA e a China, mas também devido à deterioração principalmente da indústria, com os serviços ainda a aguentarem-se.
Contudo, seja porque nem todos os países estão a ser atingidos da mesma forma ou porque os Governos estão mais ambiciosos, há cinco países da Zona Euro que, apesar da desaceleração prevista para o bloco em média, estão a contar com uma aceleração da economia no próximo ano nos esboços de Orçamento de Estado entregues em Bruxelas.
É esse o caso de Portugal que prevê uma aceleração do ritmo de crescimento de 1,9% em 2019 para 2% (acima dos 1,9% previstos no Programa de Estabilidade). No entanto, neste caso é preciso ter várias cautelas nas comparações.
Em primeiro lugar porque a mudança da base das contas nacionais feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pode ter influenciado as previsões; e em segundo lugar porque este plano orçamental é apresentado em políticas invariantes, ou seja, tendo apenas em conta as medidas já legisladas e ignorando qualquer medida que o Governo esteja a pensar implementar no próximo ano no OE2020, o que poderá vir a afetar o consumo público, o consumo privado ou o investimento (componentes do PIB).
Certo é que o Conselho das Finanças Públicas (CFP) duvida que essa aceleração seja concretizável tendo como base os números apresentados pelo Ministério das Finanças. A principal diferença reside na previsão para as exportações que o CFP considera ser otimista dada a envolvente externa onde é notória a degradação das perspetivas económicas nos principais parceiros comerciais da economia portuguesa.
Alemanha e Itália recuperam de ano "horribilis"
Porém, o Governo português não está sozinho na previsão de aceleração do PIB no próximo ano. A Alemanha e a Itália também antecipam uma recuperação, após o ano "horribilis" de 2019.
No caso da Alemanha, o PIB deverá acelerar de um crescimento de 0,5% este ano para 1,5% no próximo. Já Itália passará da estagnação (0%) para um crescimento de 0,6%.
A Grécia continuará o caminho de recuperação económica dado que a economia grega chegou mais tarde ao ciclo económico positivo na Europa. O PIB grego deverá acelerar de 2% em 2019 para os 2,8% em 2020. Por último, a Eslovénia também vê o PIB acelerar de 2,8% para 3%.
Já o Governo belga e o luxemburguês antecipam que as respetivas economias continuem com o mesmo ritmo de crescimento nos dois anos. Os restantes 12 Estados-membros da Zona Euro vão desacelerar com especial destaque para a Irlanda que assume uma travagem de 5,5% em 2019 para 0,7% em 2020 uma vez que este cenário incorpora o impacto de uma saída desordeira do Reino Unido da União Europeia.