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Eurogrupo avisará Centeno: situação não está boa

A subida dos juros, os problemas na banca, e políticas como o aumento do salário mínimo estão a preocupar os parceiros europeus, que deverão deixar isso claro a Mário Centeno amanhã na reunião do Eurogrupo, onde o ministro terá explicações a dar.

Bruno Simão/Negócios
25 de Janeiro de 2017 às 10:26
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Primeiro falará Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo, seguem-se Pierre Moscovici, pela Comissão Europeia, Benoit Coeuré pelo BCE, Klaus Regling pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade, e finalmente um representante do FMI. Em cima da mesa estará a situação económica e financeira portuguesa, com base na última avaliação pós programa que decorreu no final de 2016, e os temas quentes são, como o Negócios já avançou, a subida de juros dos últimos meses, a situação na banca nacional e a condução de políticas que podem prejudicar a competitividade, como o recente aumento do salário mínimo.

Esta manhã, após uma reunião preparatória do encontro, uma fonte da União Europeia marcou o tom do encontro, em declarações em "off": a situação não está boa, cita a agência Bloomberg, que destaca ainda a preocupação europeia com o sistema bancário português.

A subida de juros de longo prazo da dívida pública nacional de 3,2% em meados de Novembro para os actuais 3,8% a 3,9%, uma das dívidas públicas mais elevadas da Europa em 2016 que continuará pressionada pela recapitalização da CGD em 2017, a incerteza sobre o futuro do Novo Banco e do malparado em Portugal, e opções do governo como o aumento do salário mínimo – que as instituições têm referido como podendo ameaçar a competitividade em Portugal – colocam em causa a solidez da situação económico e financeira nacional.

Mario Centeno, que falará no fim, apresentará a sua perspectiva sobre o que se passa em Portugal, e antecipa-se que sublinhe que fechou 2016 com um défice abaixo da meta de 2,4% do PIB apontada por Bruxelas, o menor de 40 anos. Deverá ainda também sublinhar o maior dinamismo da economia na segunda metade do ano que garantirá um crescimento anual igual ou superior a 1,2% em 2016 – acima dos 0,9% previsto em Novembro por Bruxelas, mas abaixo da média da Zona Euro. Finalmente, poderá assegurar mais uma vez que o Governo está empenhado em garantir a estabilidade do sistema financeiro, procurando a melhor solução para a venda do Novo Banco e procurando estratégias para acelerar a reestrutruação do malparado. 

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