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Os sete avisos da troika a Portugal

As equipas da Comissão Europeia, FMI, BCE e Mecanismo Europeu de Estabilidade estiveram em Lisboa entre 29 de Novembro e 07 de Dezembro. Nos comunicados finais, os chefes de missão da Comissão e FMI, deixaram sete avisos sobre a situação nacional, e que serão analisados no Eurogrupo.

Mário Centeno apresentou-se no Salão Nobre do Ministério das Finanças para explicar o Orçamento do Estado para 2016, assumindo-se assim como a face política das decisões económicas do novo Governo, plasmadas no documento-guia das contas nacionais. 'É um orçamento que (...) respeita os compromissos com o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista e Os Verdes e respeita os compromissos internacionais', resumiu o ministro das Finanças, sublinhando a originalidade do novo panorama político português, ao mesmo tempo que voltou a criticar a herança do Executivo anterior.
Bruno Simão
25 de Janeiro de 2017 às 12:51
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Na agenda do Eurogrupo de quinta-feira, dia 26 de Janeiro, estão as conclusões da última avaliação pós-programa da troika a Portugal. Os sinais que chegam de Bruxelas antecipam um aviso ao governo quanto à subida de juros, aos problemas na banca e ao aumento do salário mínimo. Mário Centeno deverá responder com o resultado orçamental de 2016, a aceleração do crescimento na segunda metade de 2016, e o empenho em resolver o mais depressa possível a incerteza na banca.

Aqui ficam sete avisos explicitados em Dezembro nos comunicados da Comissão Europeia e do FMI:

1. O crescimento continua a estar penalizado pelo elevado nível de endividamento, público e privado, e pelo volume de crédito mal parado.

2. Tanto o mercado de trabalho como o mercado de produto precisam de mais reformas para se tornarem mais eficientes.

3. O crescimento (de 1,1% até ao terceiro trimestre) beneficiou de um terceiro trimestre excepcionalmente bom. É preciso crescer mais, e de forma sustentada, defendem.

4. A elevada dívida pública, aliada à elevada factura com juros exige uma estratégia de consolidação orçamental clara, apoiada numa melhor gestão da despesa.

5. O sector bancário continua a enfrentar dificuldades, nomeadamente pelas baixas perspectivas de rendibilidade, almofadas de capital baixas e muito mal parado. É necessária uma estratégia abrangente. Solução para Novo Banco que marcou o arranque do ano continua a representar um risco quer para os bancos, quer para as contas públicas.

6. Governo deve garantir que o aumento do salário mínimo leva em conta o aumento da produtividade e a estrutural geral de salários no país. Estes são elementos que estão fora do acordo de aumento do salário mínimo, mas que poderiam ser eventualmente mitigados com o acordo dos patrões.

7. São precisas mais medidas para reduzir o défice tarifário na energia e os custos portuários de forma a reduzir os custos para as empresas.

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