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Juros da dívida disparam acima de 4% em dia de Eurogrupo

Os juros da dívida a dez anos estão próximos de máximos de quase um ano antes da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, onde os ministros deverão transmitir as suas preocupações em relação ao país.

26 de Janeiro de 2017 às 10:33
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Os juros da dívida pública portuguesa estão a disparar esta quinta-feira, 26 de Janeiro, antes da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, onde os ministros das Finanças da região da moeda única deverão expressar as suas preocupações em relação a Portugal.

A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos escala 9,2 pontos base para 4,077%, estando a subir pela terceira sessão consecutiva. Este valor está próximo do máximo de Fevereiro de 2016 atingido durante a sessão do dia 9 de Janeiro, de 4,109%.

Além dos juros, também o risco da dívida portuguesa – medido pelo spread face à dívida germânica – está mais alto, dado que a yield das "bunds" regista um agravamento menos acentuado (os juros das obrigações da Alemanha a dez anos avançam 2,4 pontos para 0,488%). O spread sobe esta quinta-feira 6,6 pontos para 353,5 pontos.

Este agravamento tem lugar no dia em que a avaliação da situação económica e financeira de Portugal volta a estar em cima da mesa do Eurogrupo, que deverá transmitir a Mário Centeno as suas preocupações em relação ao sistema bancário nacional e à subida dos juros nos últimos meses.

Depois de uma reunião preparatória deste encontro, realizada na quarta-feira, uma fonte da União Europeia confirmou à Bloomberg que "a situação não está boa".

Além da banca, e do agravamento dos custos da dívida, outro dos temas quentes do encontro será as opções do Executivo português, como o recente aumento do salário mínimo, que as instituições têm referido como podendo ameaçar a competitividade do país.  

O resgate à Grécia e a evolução da situação económica e financeira de Espanha e Irlanda também estão na agenda da reunião dos ministros das Finanças do euro.

Nesta altura, a subida dos juros da dívida pública estende-se à generalidade dos países da região da moeda única, ainda que seja mais acentuada em Portugal. No país vizinho, a ‘yield’ das obrigações a dez anos avança 4,0 pontos para 1,579%, enquanto em Itália o agravamento é de 8,1 pontos para 2,192%.

No caso dos juros transalpinos, os juros sobem depois de o Tribunal Constitucional italiano ter determinado ontem que a lei eleitoral que enquadra a eleição dos elementos da Câmara dos Deputados (câmara baixa do Parlamento) "é susceptível de aplicação imediata", o que abre a porta a que o país realize eleições legislativas ainda este ano.

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