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Dijsselbloem diz que Eurogrupo não vai discutir situação da banca portuguesa

À chegada ao encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro, o presidente do Eurogrupo afiançou que a situação da banca portuguesa não está na agenda oficial para a reunião desta quinta-feira.

Reuters
26 de Janeiro de 2017 às 15:17
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O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, garantiu que a actual situação do sistema financeiro português não estará em discussão na reunião dos ministros das Finanças dos países-membros da Zona Euro que decorre esta quinta-feira, 26 de Janeiro, em Bruxelas.

 

"Não está na nossa agenda de hoje", disse aos jornalistas o dirigente europeu holandês contrariando a expectativa de que esta fosse uma das questões com a qual o Governo português e o ministro das Finanças, Mário Centeno, seriam pressionados na reunião desta quinta-feira.

 

De facto, na agenda oficial para o Eurogrupo consta somente que as instituições europeias farão uma apresentação aos ministros das Finanças do euro acerca dos resultados apurados durante a quinta avaliação pós-programa da troika feita, no final do ano passado, à situação económica e financeira portuguesa.

 

Sendo que esta quarta-feira, a agência Bloomberg citava uma fonte da União Europeia que adiantava que a avaliação feita a Portugal denotava a preocupação de Bruxelas em relação ao momento da banca portuguesa. A subida dos juros pagos por Lisboa e a subida do salário mínimo foram também apontados como focos de apreensão pela fonte europeia não identificada citada pela Bloomberg.

 

Consta na agenda também a apresentação da sexta avaliação pós-programa feita à Irlanda. Estas monitorizações são periodicamente feitas até que pelo menos 75% do montante recebido enquanto assistência tenha sido devolvido.

 

A marcar a "ementa" de hoje estará o programa de assistência concedido à Grécia, isto numa altura em que a segunda avaliação periódica ao memorando helénico está paralisada. Ainda ontem o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, garantia que Atenas não irá implementar medidas adicionais que exijam um aumento da receita do Estado.

 

Já o comissário europeu para os Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici, apesar de antecipar que o Eurogrupo de hoje não permitirá ainda dar luz verde à segunda avaliação ao memorando, mostrou esperança numa "conclusão rápida".

 

Esta quinta-feira, Dijsselbloem sublinhou que esta manhã já conversou com o seu homólogo grego, Euclides Tsakalotos, sublinhando ser de "interesse comum" que as reforças na Grécia avancem. "Temos de reiniciar conversações com a Grécia", disse.

 

Vida longo ao euro

 

Questionado sobre as declarações em que Ted Malloch, que deverá ser indicado embaixador norte-americano junto da União Europeia pelo novo presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o euro deverá colapsar nos próximos 18 meses, Dijsselbloem e Moscovici coincidiram no reiterar de que a moeda única está para durar.

 

Para o holandês a eleição de Trump até pode ser boa para a Europa, que terá de se "unir" para garantir uma "união monetária mais forte". Já Moscovici afiançou que "o euro não vai colapsar nem em 18 meses nem em 20 anos".

 

"Temos de reforçar e aprofundar a Zona Euro. É isso que será feito pela Comissão Europeia", disse ainda o político francês que prometeu "desapontar aqueles que já nos vêem mortos". E concluiu recordando Mark Twain: "as notícias sobre a nossa morte são exageradas". 

(Notícia actualizada às 15:25 com subtítulo)

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