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Centeno diz ter ouvido elogios do Eurogrupo à execução orçamental

O ministro das Finanças garante que a presidência do Eurogrupo "sublinhou" não só o facto de a execução orçamental em 2016 ter permitido "cumprir todas as metas a que nos propusemos", mas também a capacidade da economia que "cresce nas suas várias dimensões".

Miguel Baltazar
26 de Janeiro de 2017 às 19:22
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Foi com um misto de regozijo e optimismo que Mário Centeno resumiu aos jornalistas o decurso do encontro do Eurogrupo realizado esta quinta-feira, 26 de Janeiro, em Bruxelas.
 

O ministro português das Finanças disse que na reunião dos seus homólogos da Zona Euro foi abordada a execução orçamental de 2016, que permitiu "cumprir todas as metas a que nos propusemos", com Centeno a destacar o défice, que "não será superior a 2,3% do PIB", e a "economia que cresce nas suas várias dimensões".

 

"Tudo isso foi sublinhado pela presidência do Eurogrupo", asseverou Centeno garantindo que o Governo está "determinado em continuar esse caminho". "Os números estão aí", disse Centeno destacando o "défice sustentadamente abaixo dos 3%", sem esquecer as vozes do Eurogrupo que no início do ano passado criticaram as opções do Executivo chefiado por António Costa e que, tendo em conta a realidade, permite concluir que "andaram durante o ano de 2016 muito enganadas".  

Na agenda do Eurogrupo desta quinta-feira estava a apresentação, por parte das instituições europeias, dos resultados apurados durante a quinta avaliação pós-programa da troika realizada, no final de 2016, à situação económica e financeira portuguesa.

 

Acerca desta questão havia sido noticiado que as instituições deveriam sinalizar preocupação, em especial com a subida dos juros da dívida pública, o aumento do salário mínimo e os problemas da banca.

 

Mário Centeno admitiu que o debate sobre estas questões "existiu", embora o ministro tenha sublinhado que a análise feita pelas instituições assenta numa perspectiva "um pouco mais longa". Ainda assim, Centeno lá foi explicando que "estamos num período de volatilidade no mercado e de incerteza que se instalou".

 

E afastou a necessidade de medidas adicionais, reiterando que "mantemos sempre os compromissos". "Não há nem plano B nem C. Há um plano diário de governação", atirou o governante português que assegura ser "assim que se cumprem os objectivos do país".

 

No entender de Centeno os problemas que Portugal atravessa, designadamente na banca, não são exclusivos ao país, dado que se trata de "situações transversais a muitos países da Europa".

 

Em relação ao sistema financeiro, o ministro lembrou que "o Governo delineou um plano que está a ser implementado", recordando que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, realçou em Setembro "os avanços que o país tem feito na área financeira. Acerca das preocupações de Bruxelas em relação à banca portuguesa, Centeno insistiu que "estamos a actuar" e "foi essa a mensagem que aqui ficou".

 

A finalizar, e regressando à questão da execução orçamental, Centeno não perdeu a oportunidade de deixar uma bicada às críticas feitas no plano nacional segundo as quais a evolução das contas públicas no ano passado se teria ficado a dever a medidas extraordinárias tais como o perdão fiscal promovido no final de 2016.

 

"Alguns mitos foram sendo lançados sobre a execução orçamental", atirou Centeno que assegura que "nada disso corresponde àquilo que é a execução global" porque "todas as metas teriam sido atingidas mesmo sem esses apoios".

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