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Eurogrupo vai analisar legalidade do resgate ao Monte dei Paschi
Os ministros das Finanças do euro têm na sua agenda preliminar para a reunião de dia 26 a análise ao mecanismo criado em Itália para socorrer a banca e a sua aplicação específica no socorro ao banco mais antigo do mundo ainda em operação.
A compatibilidade do plano de resgate ao terceiro maior banco italiano com as regras de funcionamento da União Europeia vai ser analisada no próximo dia 26 pelos ministros das Finanças da Zona Euro, acrescentando dúvidas ao sucesso da operação.
"O Eurogrupo vai discutir a compatibilidade com as regras comunitárias do plano italiano para salvar bancos," afirmou à Reuters fonte oficial da União Europeia em Bruxelas esta quinta-feira, 12 de Janeiro. O assunto consta da agenda preliminar dos ministros das Finanças do bloco da moeda única, acrescentou a mesma fonte.
Em cima da mesa vai estar o esquema colocado em prática pelo governo liderado por Paolo Gentiloni em Dezembro para socorrer o Monte dei Paschi depois de a instituição não ter conseguido concretizar o aumento de capital de 5.000 milhões de euros com que se tinha comprometido aquando dos últimos testes de stress à banca.
Em causa está a utilização de parte do fundo de 20 mil milhões de euros desenhado por Roma - e ainda pendente de autorização comunitária - para resgatar instituições financeiras, aplicando perdas mais suaves a accionistas e obrigacionistas de retalho do que uma medida de resolução "clássica".
A 27 de Dezembro, quatro dias antes do fim do prazo para a recapitalização, o Banco Central Europeu veio rever em alta as necessidades de capital da instituição, que passaram para cerca de 8,8 mil milhões de euros. Esse valor significaria que o fundo em causa deverá entrar com 6,3 mil milhões de euros.