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Paládio rouba a coroa ao ouro e analistas esperam reinado prolongado

O paládio já valorizou quase 60% ao longo de 2019, mas os analistas não veem o fim deste rally à vista.

17 de Dezembro de 2019 às 12:30
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O paládio ultrapassou os 2.000 dólares por onça, um novo recorde e um preço que nunca foi atingido pelo ouro. E, segundo os analistas, este "brilharete" do paládio não é sol de pouca dura – deve, pelo contrário, intensificar-se.

O paládio subiu 1,1% para os 2.000,35 dólares por onça, num ano de sucessivas quebras de recordes associados à escassez da oferta. O metal já valorizou 58% desde o início do ano e, recentemente, ultrapassou mesmo o preço mais alto já registado no ouro: os 1.921,17 dólares por onça, um máximo que data de dia 30 de setembro de 2011.

"Na maioria dos casos, a cura para os preços altos são os próprios preços altos, mas não no caso do paládio", defende um analista do BMO Capital Markets, Tai Wong, em declarações à Bloomberg. Geralmente, um rally nos preços induz reforços na produção, os quais contrabalançam os ganhos nos mercados. Contudo, no caso deste metal precioso, o défice deverá ser muito difícil de colmatar. "Não parece haver nenhuma oferta disponível a preços razoáveis", explicam o mesmo analista.

O metal tem sido cada vez mais requisitado por ser necessário à construção de componentes que permitem a redução de emissões em veículos a gasolina, numa altura em que a regulação neste campo está a apertar. Paralelamente, uma onda de apagões que tem afetado a África do Sul, um dos maiores produtores, pode abalar os níveis de extração. Segundo a Bloomberg, 2019 deverá ser o oitavo ano consecutivo em que a procura excede a oferta, ajudando a elevar os preços para recordes.

O Citigroup também tem projeções otimistas para os preços do paládio: esta casa de investimento admite que os preços possam subir para os 2.500 dólares por onça até meados de 2020. Neste mercado, "não há sinais de substituição ou de uma resposta massiva, pelo que os preços provavelmente vão precisar de atingir novos máximos antes de o mercado reequilibrar", diz o Citigroup.

Vozes do Commerzbank juntam-se a este coro: "Parece que nada consegue travar o paládio. Apesar de considerarmos este aumento a pique exagerado, não há fim à vista para este rally", acrescenta o analista Daniel Briesemann.

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