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Metal precioso mais valioso do mundo já sobe mais de 40% este ano

O paládio tem batido sucessivos máximos históricos e já soma mais de 40% em 2019. Está acima dos 1.800 dólares por onça, já bem longe dos preços do ouro.

29 de Outubro de 2019 às 13:19
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O paládio, que tem batido sucessivos máximos históricos, atingiu um novo recorde acima dos 1.800 dólares por onça, numa escalada que já rendeu a este metal precioso uma valorização de mais de 40% em 2019.

Já bem longe dos preços da platina e do ouro, o paládio praticamente duplicou de preço em pouco mais de um ano e é agora o metal precioso mais valioso do mundo, continuando a beneficiar da procura crescente por parte da indústria automóvel e do défice na oferta.

Esta terça-feira, o paládio regista uma descida de 0,6% depois de ter valorizado mais de 2% na sessão de ontem e ter tocado num novo máximo de sempre, nos 1.810,20 dólares, elevando para 42% o ganho acumulado desde o início de janeiro. A confirmar-se esta tendência, 2019 será o quarto ano consecutivo de subidas para este metal precioso depois das valorizações de 20,96% em 2016, 56,18% em 2017 e 18,64% em 2018.

Grande parte desta subida é atribuível às regras ambientais mais apertadas da Europa e da China, que têm obrigado as fabricantes automóveis a aumentarem as compras deste metal que é usado nos sistemas de escape dos veículos para ajudar a transformar poluentes tóxicos em dióxido de carbono e vapor de água. Segundo a Bloomberg, cerca de 85% do paládio tem esta finalidade, sendo utilizado também em eletrónica, odontologia e joalharia.

A agência noticiosa refere que o escândalo das emissões também impulsionou os preços, já que os consumidores começaram a optar mais por automóveis a gasolina – que utilizam o paládio – em detrimento de automóveis a diesel, que, na maioria dos casos, utilizam platina.

Por outro lado, os preços estão a ser impulsionados por um défice na oferta, numa altura em que o metal, oriundo principalmente da Rússia e África do Sul, continua a ser extraído sobretudo como um produto secundário de operações focadas noutros metais, como a platina ou o níquel.

Segundo a Bloomberg, 2019 deverá ser o oitavo ano consecutivo em que a procura excede a oferta, ajudando a elevar os preços para recordes.

A Bloomberg recorda, porém, que metais preciosos usados em pequenas quantidades pela indústria automóvel têm um historial de picos de preços quando a procura excede a oferta, como aconteceu com a platina, na década após 1998, com os preços a dispararem 500%.

Também o ródio subiu mais de 4.000% num período semelhante, antes das fabricantes automóveis encontrarem formas de poupar no seu uso.

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