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Acções do Dia voltam a deslizar mais de 7% após resultados
O grupo Dia, que está em reestruturação depois de ter revisto em baixa os resultados de 2017, anunciou uma queda de 33% do EBITDA nos primeiros nove meses do ano, num período em que as receitas desceram 9%. As acções estão a reagir, recuando mais de 7%.
O grupo Dia apresentou os seus resultados dos primeiros nove meses do ano esta terça-feira, 30 de Outubro. E os números não receberam os aplausos dos investidores. Bem pelo contrário. As acções já chegaram a afundar mais de 11%, tendo entretanto aliviado para uma descida de 7,43% para 0,74 euros.
O grupo espanhol Dia fechou os primeiros nove meses do ano com um EBITDA de 212,7 milhões de euros, menos 33,11% do que um ano antes, de acordo com os números apresentados pelo Dia.
Já as receitas diminuíram 9% para 2,2 mil milhões de euros, no período em análise. Todos os mercados contribuíram para esta queda, com especial destaque para a Argentina (-21,7%) e o Brasil (-19,1%), devido aos efeitos cambiais. Na Península Ibérica a queda foi de 2,5%. Excluindo os efeitos cambiais o volume de negócios do grupo espanhol teria aumentado 2,6%.
Quanto ao acumulado de 2018, o grupo prevê agora fechar o ano com um EBITDA entre 350 e 400 milhões de euros, o que compara com os 494,4 milhões obtidos em 2017. Já o capex deverá rondar os 350 milhões de euros.
Quanto ao plano estratégico, o Dia vai apostar mais nas lojas de proximidade e está a analisar "estratégias alternativas para os negócios não-core" como a Clarel, uma drogaria que tem cerca de 1.200 lojas, ou o cash&carry Max Descuento, que tem 35 lojas.
O grupo espanhol assume que 2019 será um ano de "transição" e que em 2020-2023 se confirmará a transformação do Dia.
O grupo Dia tem estado sob pressão, depois de ter revisto em baixa os resultados de 2017 e ter feito um "profit warning" para este ano. Este contexto já levou a mudanças ao nível da gestão do grupo.