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Dia revê as contas de 2017 e reporta menos 20 milhões em receitas. Acções afundam mais 15%

Após uma semana negra para as acções do grupo de retalho Dia, a empresa revê em baixa as receitas obtidas no ano anterior em 20 milhões de euros. Desde o início do ano, a retalhista já perdeu mais de 80% do valor.

22 de Outubro de 2018 às 13:01
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A cadeia de retalho Dia voltou a olhar para as contas de 2017 e contabilizou menos 20 milhões em receitas. Estas, que se cifravam em 110 milhões de euros, foram revistas em baixa para os 90 milhões de euros, comunicou a empresa ao regulador dos mercados espanhol, esta segunda-feira, 22 de Outubro.

A retalhista apresenta como justificação para a diferença no valor das receitas o ter sobrestimado os descontos comerciais a receber pelos fornecedores. As facturas pendentes não foram registadas no momento adequado, explica a cadeia de supermercados, situação que agora está a ser rectificada mas que não implica movimentos de caixa.

A mesma revisão de contas resultou numa diminuição do efeito patrimonial negativo, de 70 milhões de euros para 56 milhões de euros, valor que é atribuído sobretudo ao negócio na Península Ibérica. Foi este valor, os 70 milhões, que motivou a revisão das contas de 2017, pois teriam um peso indesejado no balanço de 2018.

O Grupo Dia, empresa de supermercados espanhola que marca presença em Portugal, viu as acções perderem perto de metade do valor na sessão de 15 de Outubro depois de uma série de notícias negativas. Os títulos foram penalizados por uma nota de research negativa do JPMorgan. Mas a tendência negativa acentuou-se, depois de a empresa retalhista ter emitido um "profit warning", no qual anunciou que espera uma queda substancial no EBITDA deste ano e não vai pagar dividendos em 2019.



Esta segunda-feira a cadeia reforça as quebras ao afundar 15% para os 74,8 cêntimos por acção, abandonando os ganhos de 2,25% que somava no início da sessão. Estas novas quebras ditam que a retalhista já tenha perdido cerca de 61% desde 15 de Outubro. Desde o início do ano, as perdas já somam 82,72%. 

O grupo Dia está em Portugal, através do Minipreço, tendo 630 lojas em território nacional e empregando 3.900 pessoas, de acordo com a informação disponível no site do retalhista espanhol.

 

Já em Agosto, o CEO do Dia, Ricardo Currás, foi afastado da liderança do grupo, uma saída provocada pela queda dos lucros e dos títulos da cadeia de supermercados. Os resultados líquidos do primeiro semestre do ano já tinham revelado uma quebra de 44% para 66,1 milhões de euros, penalizados pelo impacto cambial no Brasil e Argentina.

 

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