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Investidores aplaudem apoio de Rothschild ao grupo DIA. Acções recuperam mais de 15%

O grupo de retalho espanhol DIA está a atravessar uma fase difícil, visível na quebra de mais de 80% do seu valor em bolsa. A contratação dos serviços da Rothschild dão algum ânimo aos investidores.

23 de Outubro de 2018 às 13:41
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O grupo DIA tem registado fortes descidas em bolsa, tendo perdido mais de 80% do valor desde o início do ano, movimento acentuado sobretudo após a emissão de um "profit warning". Contudo, o rumo das acções inverteu esta terça-feira, depois de o jornal espanhol Expansión ter noticiado que a cadeia de supermercados contratou os serviços da consultora Rothschild para dar uma reviravolta na estratégia.

Os títulos da retalhista seguem a valorizar 10,48% para os 73,4 cêntimos, mas já chegaram a somar 15,47% para os 76,72 cêntimos, a maior subida para a cotada dos últimos dois meses.



Os investidores mostram-se optimistas apesar de esta terça-feira ter sido revelada também uma nota de research da Jefferies, citada pela Bloomberg e à qual o Negócios não teve acesso, que sugere que os investidores apontam para uma probabilidade de falência da cadeia de supermercados na ordem dos 50%, hipótese que os analistas não conseguem avaliar "por falta de ferramentas".

A trajectória ascendente segue-se a um dia de forte quebra. O grupo DIA fechou com uma perda de 24,50% para os 66,44 cêntimos no arranque da semana, num dia em que foi revelado que a retalhista teria revisto as receitas de 2017 em baixa.

Esta não foi a maior quebra do último mês: a 15 de Outubro, as cotações do grupo cederam 42,22% para os 1,097 euros. Nesta data, o grupo emitiu um "profit warning", no qual anunciou que espera uma queda substancial no EBITDA deste ano e que não vai pagar dividendos em 2019.

Desde o dia 8 de Outubro que os títulos se mantêm no vermelho, com excepção de duas sessões – a de dia 18 e a desta terça-feira. Olhando para a evolução desde o início do ano, a quebra no valor de mercado chega aos 83,15%.

O grupo DIA está em Portugal, através do Minipreço, tendo 630 lojas em território nacional e empregando 3.900 pessoas, de acordo com a informação disponível no site do retalhista espanhol.

 

Já em Agosto, o CEO do DIA, Ricardo Currás, foi afastado da liderança do grupo, uma saída provocada pela queda dos lucros e dos títulos da cadeia de supermercados. Os resultados líquidos do primeiro semestre do ano já tinham revelado uma quebra de 44% para 66,1 milhões de euros, penalizados pelo impacto cambial no Brasil e Argentina.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

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