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O mundo tem saltado de crise em crise nos últimos anos, resultando no agravamento das desigualdades sociais. Como tal, "nunca foi tão importante a defesa dos direitos humanos", referiu Isabel Almeida Rodrigues, secretária de Estado da Igualdade e Migrações, na abertura institucional da "Conferência Social - Os desafios da igualdade em tempos de crise", que decorreu a 8 de novembro, no Hotel Hilton Porto Gaia, em Vila Nova de Gaia.
Para a Isabel Almeida Rodrigues, que fez a abertura institucional da conferência, "as desigualdades só se combatem em conjunto", pelo que "intervenções isoladas não são significativas". Por isso, defendeu serem necessárias políticas públicas que combatam as desigualdades entre homens e mulheres como base para a sustentabilidade social e económica, na medida em que continua a persistir esta diferença mesmo em sociedades ditas desenvolvidas. "A igualdade não é garantida pela simples atribuição de direitos iguais", referiu a secretária de Estado, explicando que "o facto de a lei considerar esta igualdade não significa que o seu exercício seja igual, porque se nas práticas organizacionais e na questão dos papéis de homens e mulheres não introduzirmos esta transformação, a lei terá muita dificuldade em traduzir-se nesta mudança do ponto de vista social".
Isabel Almeida Rodrigues destacou também a necessidade de as mulheres entrarem nas áreas STEAM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, sigla em inglês), na medida em que são decisivas num mundo cada vez mais digital, sendo que estas são também as áreas mais bem remuneradas. "Quando se fala de desigualdade salarial entre homens e mulheres não estamos só a falar de salário diferente para as mesmas funções, estamos a falar também de profissões com uma sobrerrepresentação masculina em que se auferem os melhores salários e depois de profissões ligadas ao cuidado que não são tão bem remuneradas", assinalou a secretária de Estado, acrescentado que tal se traduz "numa desigualdade de rendimentos ao longo da vida ativa, e também numa desigualdade de rendimentos quando se deixa a vida ativa".
A secretária de Estado reforçou que é preciso alterar mentalidades e a cultura de estereótipos que desvalorizam a mulher perante o homem na sociedade. Neste sentido, referiu que "temos de ser capazes de contrariar esta cultura, não só no sentido de mudar estes papéis convencionados, mas também mudar a prática das organizações que muitas vezes traduzem esta divisão de papéis".
Defendeu também que "só com o reconhecimento destes fenómenos e investimento que permita implementar políticas públicas multinível é que poderemos ambicionar remover estes obstáculos". Isabel Almeida Rodrigues destacou ainda que quando fatores de desigualdade e empobrecimento se entrecruzam, tais como género, raça, etnia ou orientação sexual, a expressão dessa desigualdade é ainda maior.
A Estratégia Nacional para a Igualdade "Portugal + Igual" pretende precisamente eliminar os estereótipos, pelo que incide numa abordagem intersecional dos vários fatores que causam a desigualdade e na localização das políticas públicas para responderem a determinada realidade em concreto. Neste sentido, a secretária de Estado sublinhou o papel das autarquias para acompanharem esta realidade e promoverem uma cidadania inclusiva. Esta deve ter uma ambição estrutural, pois "já há muitas respostas de apoio à vítima, mas o nosso compromisso tem de ser conseguir reduzir o número de situações", defendeu Isabel Almeida Rodrigues.
Para a Isabel Almeida Rodrigues, que fez a abertura institucional da conferência, "as desigualdades só se combatem em conjunto", pelo que "intervenções isoladas não são significativas". Por isso, defendeu serem necessárias políticas públicas que combatam as desigualdades entre homens e mulheres como base para a sustentabilidade social e económica, na medida em que continua a persistir esta diferença mesmo em sociedades ditas desenvolvidas. "A igualdade não é garantida pela simples atribuição de direitos iguais", referiu a secretária de Estado, explicando que "o facto de a lei considerar esta igualdade não significa que o seu exercício seja igual, porque se nas práticas organizacionais e na questão dos papéis de homens e mulheres não introduzirmos esta transformação, a lei terá muita dificuldade em traduzir-se nesta mudança do ponto de vista social".
Isabel Almeida Rodrigues destacou também a necessidade de as mulheres entrarem nas áreas STEAM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, sigla em inglês), na medida em que são decisivas num mundo cada vez mais digital, sendo que estas são também as áreas mais bem remuneradas. "Quando se fala de desigualdade salarial entre homens e mulheres não estamos só a falar de salário diferente para as mesmas funções, estamos a falar também de profissões com uma sobrerrepresentação masculina em que se auferem os melhores salários e depois de profissões ligadas ao cuidado que não são tão bem remuneradas", assinalou a secretária de Estado, acrescentado que tal se traduz "numa desigualdade de rendimentos ao longo da vida ativa, e também numa desigualdade de rendimentos quando se deixa a vida ativa".
A secretária de Estado reforçou que é preciso alterar mentalidades e a cultura de estereótipos que desvalorizam a mulher perante o homem na sociedade. Neste sentido, referiu que "temos de ser capazes de contrariar esta cultura, não só no sentido de mudar estes papéis convencionados, mas também mudar a prática das organizações que muitas vezes traduzem esta divisão de papéis".
Defendeu também que "só com o reconhecimento destes fenómenos e investimento que permita implementar políticas públicas multinível é que poderemos ambicionar remover estes obstáculos". Isabel Almeida Rodrigues destacou ainda que quando fatores de desigualdade e empobrecimento se entrecruzam, tais como género, raça, etnia ou orientação sexual, a expressão dessa desigualdade é ainda maior.
A Estratégia Nacional para a Igualdade "Portugal + Igual" pretende precisamente eliminar os estereótipos, pelo que incide numa abordagem intersecional dos vários fatores que causam a desigualdade e na localização das políticas públicas para responderem a determinada realidade em concreto. Neste sentido, a secretária de Estado sublinhou o papel das autarquias para acompanharem esta realidade e promoverem uma cidadania inclusiva. Esta deve ter uma ambição estrutural, pois "já há muitas respostas de apoio à vítima, mas o nosso compromisso tem de ser conseguir reduzir o número de situações", defendeu Isabel Almeida Rodrigues.