Opinião
"Chapitô": de porta aberta na Costa do Castelo
A "casa do castelo" acolhe jovens, por um período máximo de dois anos; com idades à volta dos 18 anos
A "casa do castelo" acolhe jovens, por um período máximo de dois anos; com idades à volta dos 18 anos, com dificuldades de integração social devido à ausência de suporte familiar, são aqui acompanhados por profissionais que contrariam a nossa indiferença, e os encaminham para a reintegração social. No apoio psico-social - de cujos serviços beneficiam 45 jovens por mês - o trabalho continua, e no CAAPI (Centro de Acolhimento e Apoio à Infância João dos Santos), a relação com os pais e a família são a base da construção de um projecto de vida para dezenas de crianças entre os 4 e os 12 anos. Porque a estratégia é a da articulação da Acção Social com a Formação, a Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo (um modelo educativo único em Portugal) foi criada no ano de 1991. Os alunos que terminam os seus estudos adquirem dupla certificação: a equivalência ao 12º ano e a certificação profissional de nível 3, a qual lhes permite ingressarem no Ensino Superior.
Há décadas que Teresa Ricou não pára; fundadora, mentora e construtora do projecto, foi- -lhe atribuído o Prémio Phill Collins pela Fundação Cultural Amesterdão, o "Prix de l'Initiative" pela "Fondation du Credit Cooperatif" (1989), a "Solid Silver Rose Award" pelo European Awards em 2005 e, mais recentemente, o "Prémio Gulbenkian Beneficência" (2009). Não pára ela, nem param os cerca de 120 postos de trabalho que o Chapitô assegura; a porta número 1 da Costa do Castelo em Lisboa é a materialização transversal da sua incomensurável criatividade e energia, uma espécie de edificação da sua visão pluricultural do mundo enquanto artista. Teresa Ricou é, afinal de contas, "Tété", a primeira mulher-palhaço portuguesa. A Companhia do Chapitô, criada em 1996, produtora de criações de linguagem artística própria com visibilidade nacional e internacional, é o centro-dínamo de toda a estrutura, e a sua criatividade a massa gravítica do projecto. E, à medida que os anos trazem o reconhecimento (mais anónimo ou mais institucional), vai-se cristalizando uma evidência: a consolidação de uma muito produtiva e original relação custo-benefício.
Em 2011, o Chapitô "descerá" até à beira-rio. Localizado no antigo terminal de Santos, o futuro Chapitô-Rio terá uma área de 1000m2, albergando os alunos do 4º ano da Escola de Artes e Ofícios, dois auditórios (com capacidade para 300 e 100 lugares), um bar "lounge" e um estúdio multimédia. Com capacidade para 400 récitas por ano, esta nova casa conta com parceiros estratégicos como Zé Pedro (Xutos e Pontapés), a jornalista Paula Moura Pinheiro ou Ramón Galarza (músico); o insuspeito Cirque du Soleil está também entre as entidades parceiras desta nova aventura.
Hoje, "o Chapitô é uma casa suficientemente grande para nos receber a todos, ancorados na solidariedade da festa, e suficientemente pequena para abrigar cada um de nós. Uma casa do dom e da troca, o Chapitô é terreno de ousadia e contingência", nas palavras da sua mentora e fundadora. "Senhoras e senhores...meninos e meninas", a porta está aberta para o maior espectáculo do mundo. É o futuro, outra vez.
Há décadas que Teresa Ricou não pára; fundadora, mentora e construtora do projecto, foi- -lhe atribuído o Prémio Phill Collins pela Fundação Cultural Amesterdão, o "Prix de l'Initiative" pela "Fondation du Credit Cooperatif" (1989), a "Solid Silver Rose Award" pelo European Awards em 2005 e, mais recentemente, o "Prémio Gulbenkian Beneficência" (2009). Não pára ela, nem param os cerca de 120 postos de trabalho que o Chapitô assegura; a porta número 1 da Costa do Castelo em Lisboa é a materialização transversal da sua incomensurável criatividade e energia, uma espécie de edificação da sua visão pluricultural do mundo enquanto artista. Teresa Ricou é, afinal de contas, "Tété", a primeira mulher-palhaço portuguesa. A Companhia do Chapitô, criada em 1996, produtora de criações de linguagem artística própria com visibilidade nacional e internacional, é o centro-dínamo de toda a estrutura, e a sua criatividade a massa gravítica do projecto. E, à medida que os anos trazem o reconhecimento (mais anónimo ou mais institucional), vai-se cristalizando uma evidência: a consolidação de uma muito produtiva e original relação custo-benefício.
Hoje, "o Chapitô é uma casa suficientemente grande para nos receber a todos, ancorados na solidariedade da festa, e suficientemente pequena para abrigar cada um de nós. Uma casa do dom e da troca, o Chapitô é terreno de ousadia e contingência", nas palavras da sua mentora e fundadora. "Senhoras e senhores...meninos e meninas", a porta está aberta para o maior espectáculo do mundo. É o futuro, outra vez.