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Nicolau do Vale Pais 18 de Dezembro de 2015 às 10:12

A praga dos Sociais-Democratas: Tributem-nos, já! (Antevisão do Orçamento do Estado)

São verdadeiras chagas que impedem a libertação dos oprimidos, e só o temor da sua retaliação imperialista me impede de lhes chamar pior.

Que gente; estão em todo o lado. Dizem mesmo que os há infiltrados no eleitorado de outras ortodoxias, por desvio motivado por uma noção tirânica e deturpadora a que chamam o "voto útil".

São uma praga só comparável às guerras das filas de trânsito intermináveis nesta época de paz. A culpa é deles, são uns consumistas que não se satisfazem com um atávico Chevrolet pré-1959, e nem mesmo um Trabant pré-89 lhes chega para levarem os filhos à escola. São verdadeiras chagas que impedem a libertação dos oprimidos, e só o temor da sua retaliação imperialista me impede de lhes chamar pior.

Alguns livros de propaganda dizem que nasceram motivados pelas mortes aos milhões que as derivas radicais do século passado trouxeram. Hitler de um lado, Estaline do outro, Cuba e Checoslováquia no meio, tudo feliz, e esta malta - liderada por tolos como Olof Palme ou um tal de Willy Brandt - a perturbar toda esta alegria colectiva com os seus planos de tentação das massas… São um bando de demagogos que se diziam preocupados com a prosperidade, quando, no fundo, só queriam era excentricidades do tipo economia de mercado ou direito à liberdade individual; utópico. E desde quando é que se conhecem países sociais-democratas desenvolvidos? Ainda no outro dia estive na Suécia e disse à minha mulher que não gostei, pois toda aquela prosperidade me entristecia, pobre gente de alma vendida por meia dúzia de Coca-Colas, sem se aperceberem que tombam, vítimas do vil metal. Não é que há ali classe média? Extraordinário.

Desculpem, estou a derivar de forma fracturante; regresso ao objectivo de toda a informação, o esclarecimento dos simples. É que esta malta impante tem ideias perigosas, ora vejam:

- Promovem a participação do Estado dentro da economia de mercado com políticas de reenquadramento do capitalismo como forma de financiar o desenvolvimento social. É perigoso; que será das ferramentas de libertação dos oprimidos, no dia em que o Estado se sustente? À vossa atenção, resistentes de todo o mundo;

- Arrenegam do Marxismo Ortodoxo, acreditando que a reforma do capitalismo se faz pela política de matriz social-pacifista. Eu, pessoalmente, acho que isto só lá vai com expropriações ou mesmo ao estalo, mas já percebi que anda tudo muito "soft"; deve ser da Internet. Proponho que a limitemos desde já, como se faz em países de profundo e diligente cuidado com a degeneração do povo, autênticos faróis do bem-estar colectivo, luminosos exemplos para todo o mundo (dizem que sabem tirar da filosofia Marxista ilações válidas, mas é propaganda);

- Idolatram a propriedade privada e uma economia mista, em que o Estado intervém por políticas públicas apenas em sectores considerados nevrálgicos ao desenvolvimento (pressuposto a que, vaidosos e individualistas, enunciaram como "a social-democracia como forma de civilizar o Capitalismo"). Reconhecem a existência dessa noção fascistóide que são "os factores de mercado" e, porque são cegos ao acreditarem no mérito e na concorrência como algo salutar, criaram essa forma de opressão a que chamaram - ah, malandros! - a caridade.

Bom, eu sou muito democrático e por isso não quero aqui resvalar para extremos; mas, com este jeito que estes sacanas têm para a demagogia, ainda os vamos ver a serem bem sucedidos. Despertai, minha gente, cuidado. Tributem-nos, já! Eles merecem.



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