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24 de Julho de 2003 às 18:34

O Executivo Autárquico e os sistemas de suporte à decisão

A decisão sobre como recuperar o equilíbrio financeiro das autarquias passa por efectuar uma avaliação rigorosa do impacto da redução da Sisa. Por Ana Miranda, We Do Consulting

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A decisão sobre como recuperar o equilíbrio financeiro das autarquias passa por efectuar uma avaliação rigorosa do impacto da redução da Sisa.

Possuir uma visão clara do desempenho das diferentes áreas de competência de uma autarquia - administração de pessoal, aprovisionamento, gestão do património, licenciamento e obras públicas, gestão de águas, contabilidade autárquica, entre outras - é condição fundamental para o Executivo Autárquico gerir eficazmente a sua autarquia.

Gerir, implica a existência de métricas que permitam uma base tangível para avaliação e conhecimento, quer sobre um determinado dado específico, quer numa perspectiva mais global. Tomar decisões, pressupõe a existência de informação relevante, fiável, consolidada e sempre disponível.

Na grande maioria dos casos, para se conseguir uma visão integrada do desempenho de uma autarquia é necessário consolidar a informação dispersa pelos diferentes sistemas, de forma manual, morosa, e sujeita a erros e inconsistências.

Assim sendo, é importante que as Autarquias invistam na sua capacidade de explorar informação, tendo em vista a monitorização do seu desempenho, a detecção de desvios face ao planeado, tomando as medidas correctivas necessárias e providenciando respostas rápidas.

Para tal, os autarcas deveriam possuir sistemas de suporte à decisão que forneçam informação agregada e actualizada, com base na qual poderiam tomar decisões devidamente fundamentadas.

Vejamos, como exemplo, a entrada em vigor das novas taxas de Sisa. Esta medida, apesar de positiva do ponto de vista da revitalização do sector imobiliário e de maior justiça para os cidadãos coloca às autarquias, alguns constrangimentos financeiros no curto prazo.

Sendo que a Sisa representa mais de 20% das receitas próprias das autarquias, cabe aos autarcas tomarem algumas decisões e definirem um plano de contingência para a gestão das finanças locais.

A decisão sobre como recuperar o equilíbrio financeiro das autarquias passa por efectuar uma avaliação rigorosa do impacto da redução da Sisa. É necessário balancear contrapartidas, variando entre aumentos nos tarifários dos serviços prestados e eventuais cortes na despesa corrente.

Para se saber quanto é necessário aumentar em cada item das receitas, e até onde é possível cortar nas despesas, é preciso conhecer a situação actual e construir cenários hipotéticos.

Esta é a função de um sistema de suporte à decisão para executivos: fornecer uma visão sumária, agregada, actual e fiável do desempenho de uma organização, de forma a suportar a actividade de gestão e um processo informado na tomada de decisões.

No caso autárquico, um sistema de suporte à decisão, representa a capacidade de ter disponível toda a informação relevante, de forma simples e intuitiva, possibilitando facilmente, gerar relatórios, gráficos com diversos níveis de detalhe, e a definição de alarmes sempre que algo aconteça fora do previsto.

Este sistema suporta as necessidades analíticas de vários perfis de utilizadores, apresentando diferentes vistas sobre a mesma informação, informação esta que se encontra disponível num único repositório de dados.

A adopção deste tipo de plataformas potencia uma maior eficácia das autarquias, e obviamente, permite garantir um melhor serviço aos cidadãos.

Por Ana Miranda

Gestora de Produto da WeDo Consulting

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