Opinião
Estado e sociedade
Os períodos de crise severa são, por paradoxal que pareça, uma oportunidade para a definição criteriosa e lúcida de prioridades.
O Estado existe para servir a Sociedade e não o inverso. Assim se deve afirmar na nossa vida colectiva, sem sofismas, o princípio da subsidiariedade como a via adequada para conjugar liberdade com responsabilidade. No fundo, para responder à necessidade de haver "mais Sociedade, melhor Sociedade" que é o caminho equilibrado e estável para haver "menos Estado, melhor Estado".
Para tal, as políticas públicas devem exprimir-se com sentido geracional e não se esgotar na obsessão do imediato, do transitório e da táctica.
Os períodos de crise severa são, por paradoxal que pareça, uma oportunidade para a definição criteriosa e lúcida de prioridades. Não poderemos transformar a crise dos fins sem meios numa saída fria e desumanizada de meios sem fins. A política deve ser a expressão cívica da busca do bem comum fundamentada na justiça e no desenvolvimento enquanto valores humanos e éticos.
É neste enquadramento que se coloca a questão do Estado social. Não numa visão estritamente doutrinária e maniqueísta, mas redesenhando o contrato social. Tal passa por um Estado mais ético, mais responsabilizador, igualizador de oportunidades, mais balanceador dos direitos e deveres sociais. E sabendo-se que só há distribuição através da criação de riqueza e consciente da necessidade de não se olhar de uma maneira apenas determinista para as questões demográficas.
Trata-se de uma oportunidade para os três partidos PSD, PS e CDS demonstrarem que são capazes de robustecer a Sociedade através das políticas públicas. Sem vãs ilusões no Estado totalizante ou no mercado absoluto. Com coragem, discernimento, autenticidade, coerência e exemplaridade, para ganhar o respeito dos outros na diferença de cada um. E sem birras próprias de um qualquer serôdio estado infantil.
Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS
Para tal, as políticas públicas devem exprimir-se com sentido geracional e não se esgotar na obsessão do imediato, do transitório e da táctica.
É neste enquadramento que se coloca a questão do Estado social. Não numa visão estritamente doutrinária e maniqueísta, mas redesenhando o contrato social. Tal passa por um Estado mais ético, mais responsabilizador, igualizador de oportunidades, mais balanceador dos direitos e deveres sociais. E sabendo-se que só há distribuição através da criação de riqueza e consciente da necessidade de não se olhar de uma maneira apenas determinista para as questões demográficas.
Trata-se de uma oportunidade para os três partidos PSD, PS e CDS demonstrarem que são capazes de robustecer a Sociedade através das políticas públicas. Sem vãs ilusões no Estado totalizante ou no mercado absoluto. Com coragem, discernimento, autenticidade, coerência e exemplaridade, para ganhar o respeito dos outros na diferença de cada um. E sem birras próprias de um qualquer serôdio estado infantil.
Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS
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