- Partilhar artigo
- ...
A OLI - Oliveira & Irmão investiu directamente perto de 1,5 milhões de euros na construção de uma fábrica na Rússia, onde já tinha uma filial comercial desde 2014, adiantou ao Negócios o responsável pela área de exportação desta produtora de autoclismos aveirense.
Aquela que é a sua primeira unidade industrial fora do país está instalada junto a Moscovo e arrancou com seis máquinas injectoras, "com a perspectiva de instalar, pelo menos, mais duas". Emprega cerca de duas dezenas de pessoas, "maioritariamente locais", embora nesta fase inicial da operação tenha deslocado alguns colaboradores portugueses, completou António Oliveira.
Criada há 62 anos para comercializar ferragens e produtos para canalizações, a OLI é a maior produtora ibérica do sector - equipa dois terços das sanitas escandinavas - e registou em 2015 um volume de negócios de 46 milhões de euros. Perto de 80% dos autoclismos interiores e exteriores, placas de comando, torneiras de bóia e válvulas de descarga fabricados na unidade industrial localizada em Aveiro, onde trabalham 370 pessoas, são exportados para 70 países em todo o mundo.
A OLI - Oliveira & Irmão investiu 1,5 milhões de euros na construção da sua primeira fábrica no estrangeiro, instalada junto a Moscovo.
A empresa de Aveiro emprega 370 pessoas em Portugal e exporta 80% da produção para mais de 70 mercados.
A internacionalização da companhia arrancou em 1993, quando o grupo industrial Fondital comprou uma participação de 50%. Foi logo nesse ano que abriu a primeira filial em Itália, de onde é originário esse accionista, que mantém a mesma percentagem do capital. A terceira filial no estrangeiro foi criada em Janeiro deste ano em Möckmühl, na região de Estugarda.
Apesar de disputar com os transalpinos o estatuto de melhor mercado externo - a posição de liderança muda quase todos os meses, com França a fechar este "ranking" -, até ao início de 2016 nenhum autoclismo chegava à Alemanha com a marca própria. Com cinco alemães na equipa - "só assim se ultrapassam choques culturais" -, avançou com esta estrutura por entender ser "o caminho para aumentar as vendas e o reconhecimento" naquele país, em vez de só fabricar para outros clientes.
Alfândegas "ao rublo"
Na nova fábrica russa, a OLI está a produzir os mecanismos que fazem sair e entrar a água nos tanques de cerâmica, que fornece a produtores locais. Além disso, faz lá a montagem dos componentes, que envia de Portugal, para instalar nos tanques de encastrar, os que ficam escondidos na parede da casa de banho.
Naquele país, a venda dos autoclismos completos é pouco representativa; o grosso do negócio vem precisamente desses mecanismos, que desde Setembro estão a ser fabricados ali e vendidos no mercado interno e em países vizinhos, como a Ucrânia, a Bielorrússia ou o Cazaquistão.
A forte desvalorização do rublo nos últimos dois anos e os elevados custos logísticos e de transporte a que obrigam a distância de cinco mil quilómetros foram dois factores que pesaram na decisão de internacionalizar também a produção. Além disso, sublinhou António Oliveira, as tensões geopolíticas na região estavam a criar limitações crescentes nas operações alfandegárias. "O processo de importação estava a ser cada vez mais burocrático e incerto, e fomos para lá para evitar ruptura de stocks e atrasos no fornecimento. Agora conseguimos responder [às encomendas] em duas semanas quando antes precisávamos de seis", detalhou o gestor.
Aquela que é a sua primeira unidade industrial fora do país está instalada junto a Moscovo e arrancou com seis máquinas injectoras, "com a perspectiva de instalar, pelo menos, mais duas". Emprega cerca de duas dezenas de pessoas, "maioritariamente locais", embora nesta fase inicial da operação tenha deslocado alguns colaboradores portugueses, completou António Oliveira.
Criada há 62 anos para comercializar ferragens e produtos para canalizações, a OLI é a maior produtora ibérica do sector - equipa dois terços das sanitas escandinavas - e registou em 2015 um volume de negócios de 46 milhões de euros. Perto de 80% dos autoclismos interiores e exteriores, placas de comando, torneiras de bóia e válvulas de descarga fabricados na unidade industrial localizada em Aveiro, onde trabalham 370 pessoas, são exportados para 70 países em todo o mundo.
A OLI - Oliveira & Irmão investiu 1,5 milhões de euros na construção da sua primeira fábrica no estrangeiro, instalada junto a Moscovo.
A empresa de Aveiro emprega 370 pessoas em Portugal e exporta 80% da produção para mais de 70 mercados.
A internacionalização da companhia arrancou em 1993, quando o grupo industrial Fondital comprou uma participação de 50%. Foi logo nesse ano que abriu a primeira filial em Itália, de onde é originário esse accionista, que mantém a mesma percentagem do capital. A terceira filial no estrangeiro foi criada em Janeiro deste ano em Möckmühl, na região de Estugarda.
Apesar de disputar com os transalpinos o estatuto de melhor mercado externo - a posição de liderança muda quase todos os meses, com França a fechar este "ranking" -, até ao início de 2016 nenhum autoclismo chegava à Alemanha com a marca própria. Com cinco alemães na equipa - "só assim se ultrapassam choques culturais" -, avançou com esta estrutura por entender ser "o caminho para aumentar as vendas e o reconhecimento" naquele país, em vez de só fabricar para outros clientes.
Alfândegas "ao rublo"
Na nova fábrica russa, a OLI está a produzir os mecanismos que fazem sair e entrar a água nos tanques de cerâmica, que fornece a produtores locais. Além disso, faz lá a montagem dos componentes, que envia de Portugal, para instalar nos tanques de encastrar, os que ficam escondidos na parede da casa de banho.
Naquele país, a venda dos autoclismos completos é pouco representativa; o grosso do negócio vem precisamente desses mecanismos, que desde Setembro estão a ser fabricados ali e vendidos no mercado interno e em países vizinhos, como a Ucrânia, a Bielorrússia ou o Cazaquistão.
A forte desvalorização do rublo nos últimos dois anos e os elevados custos logísticos e de transporte a que obrigam a distância de cinco mil quilómetros foram dois factores que pesaram na decisão de internacionalizar também a produção. Além disso, sublinhou António Oliveira, as tensões geopolíticas na região estavam a criar limitações crescentes nas operações alfandegárias. "O processo de importação estava a ser cada vez mais burocrático e incerto, e fomos para lá para evitar ruptura de stocks e atrasos no fornecimento. Agora conseguimos responder [às encomendas] em duas semanas quando antes precisávamos de seis", detalhou o gestor.