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Qual é a coisa qual é ela que não é um banco nem uma seguradora, é maioritariamente portuguesa, tem sede no Porto e é a maior empresa nacional do sector financeiro a nível mundial, tornando-se verdadeiramente global? Chama-se MDS, pertence ao grupo Sonae e ganhou o estatuto de colosso internacional na área da corretagem de seguro, resseguro e consultoria de risco.
Foi em 1984 que a Sonae criou a MDS - Sociedade Mediadora de Seguros, corretora cativa para a gestão dos seus seguros internos. Mas foi só na viragem de século que o "braço" segurador da Sonae se vira para o mercado e começa a internacionalizar-se. Viria então a investir, em menos de uma década, cerca de 70 milhões de euros em aquisições.
O grande salto em frente aconteceu logo em 2002, com a compra de 45% da Lazam, terceiro maior "broker" brasileiro e um dos principais da América Latina. Sete anos depois, o grupo Suzano compra 49,9% da MDS, SGPS -a Sonae recebe 47 milhões de euros em "cash" e a MDS fica com 100% da Lazam.
A empresa liderada por José Manuel Dias da Fonseca tinha entretanto adquirido 32,12% da gigante mundial britânica Cooper gay Swett & Crawford (actual ED) por 35 milhões de euros - foi a maior operação de uma empresa portuguesa do sector dos seguros no estrangeiro. Já em 2013, a Sonae encaixa 12 milhões de euros com a venda parcial da sua participação, reduzindo a sua posição no maior "broker" independente do mundo para 9,72%.
Maior seta em Espanha
Antes, em 2005, a MDS chegou à liderança do sector em Portugal após comprar ao grupo Amorim a Unibroker e a Becim. No ano anterior, tinha fundado no Porto a Brokerslink, que começou por ser uma rede informal de quatro corretoras independentes e que viria a torna-se uma das maiores organizações globais de corretores e serviços de consultoria de risco.
Sediada em Zurique e presidida por Dias da Fonseca, a Brokerslink está presente em mais de 90 países, com cerca de 400 escritórios e totalizando cerca de 100 mil profissionais. A MDS está ainda directamente presente em Angola, desde 2013. Em Portugal, a MDS fechou 2015 com receitas de 50 milhões de euros e prémios intermediados de 500 milhões, empregando cerca de 600 pessoas de 10 nacionalidades.
O "braço" segurador da Sonae, que se tornou um gigante global na corretagem de seguros, acaba de adquirir 35% da operação espanhola da francesa Filhet-Allard.
Já esta segunda-feira, a MDS anunciou a aquisição de uma participação de 35% no capital na operação espanhola da francesa Filhet-Allard, dando origem à Filhet-Allard MDS. Sem revelar o valor da aquisição, o grupo português garante que esta operação representa "o maior investimento se sempre" de um grupo português no sector dos seguros em Espanha.
Uma operação que "confere à MDS uma verdadeira presença ibérica, criando uma plataforma eficaz para crescer no mercado espanhol, mas também para estabelecer pontes para a América Latina", realça o CEO do grupo MDS.
No âmbito da parceria estabelecida no país vizinho, a carteira da MDS em Espanha é integrada na nova Filhet-Allard MDS, que actuará nas áreas de corretagem de seguros, consultoria e gestão de riscos e "employee benefits".
Ao Negócios, Dias da Fonseca prometeu que a MDS vai permanecer na rota das compras: "Continuamos atentos a oportunidades de aquisição", rematou.
Foi em 1984 que a Sonae criou a MDS - Sociedade Mediadora de Seguros, corretora cativa para a gestão dos seus seguros internos. Mas foi só na viragem de século que o "braço" segurador da Sonae se vira para o mercado e começa a internacionalizar-se. Viria então a investir, em menos de uma década, cerca de 70 milhões de euros em aquisições.
O grande salto em frente aconteceu logo em 2002, com a compra de 45% da Lazam, terceiro maior "broker" brasileiro e um dos principais da América Latina. Sete anos depois, o grupo Suzano compra 49,9% da MDS, SGPS -a Sonae recebe 47 milhões de euros em "cash" e a MDS fica com 100% da Lazam.
A empresa liderada por José Manuel Dias da Fonseca tinha entretanto adquirido 32,12% da gigante mundial britânica Cooper gay Swett & Crawford (actual ED) por 35 milhões de euros - foi a maior operação de uma empresa portuguesa do sector dos seguros no estrangeiro. Já em 2013, a Sonae encaixa 12 milhões de euros com a venda parcial da sua participação, reduzindo a sua posição no maior "broker" independente do mundo para 9,72%.
Maior seta em Espanha
Antes, em 2005, a MDS chegou à liderança do sector em Portugal após comprar ao grupo Amorim a Unibroker e a Becim. No ano anterior, tinha fundado no Porto a Brokerslink, que começou por ser uma rede informal de quatro corretoras independentes e que viria a torna-se uma das maiores organizações globais de corretores e serviços de consultoria de risco.
Sediada em Zurique e presidida por Dias da Fonseca, a Brokerslink está presente em mais de 90 países, com cerca de 400 escritórios e totalizando cerca de 100 mil profissionais. A MDS está ainda directamente presente em Angola, desde 2013. Em Portugal, a MDS fechou 2015 com receitas de 50 milhões de euros e prémios intermediados de 500 milhões, empregando cerca de 600 pessoas de 10 nacionalidades.
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Uma operação que "confere à MDS uma verdadeira presença ibérica, criando uma plataforma eficaz para crescer no mercado espanhol, mas também para estabelecer pontes para a América Latina", realça o CEO do grupo MDS.
No âmbito da parceria estabelecida no país vizinho, a carteira da MDS em Espanha é integrada na nova Filhet-Allard MDS, que actuará nas áreas de corretagem de seguros, consultoria e gestão de riscos e "employee benefits".
Ao Negócios, Dias da Fonseca prometeu que a MDS vai permanecer na rota das compras: "Continuamos atentos a oportunidades de aquisição", rematou.