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Mark Bourke: “Sem as empresas não existiríamos”

Se a economia portuguesa tivesse crescido ao ritmo das exportações teria havida uma mudança massiva, referiu Mark Rourke.

Filipe S. Fernandes 13 de Novembro de 2023 às 14:30
Mark Bourke, CEO do Novo Banco. Duarte Roriz
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"Estamos a enfrentar um mundo em extrema mudança de contexto. Parece um cliché mas em poucos anos houve uma pandemia, deu-se a explosão da inflação, pico nos preços da energia, um rápido aumento das taxas de juros, como não se via há vinte anos, estamos no segundo de uma guerra na Europa, o era impensável 75 anos depois da II Guerra Mundial, e a 7 de outubro o Médio Oriente explodiu", foi este o cenário dos dias que passam que Mark Bourke, CEO do Novo Banco traçou na abertura da cerimónia de entrega dos Prémios Exportação e Internacionalização.

No meio deste contexto de grande incerteza e alterações as empresas exportadoras e o Portugal Inc, como Mark Bourke o define, mantiveram "de uma forma incrível a agilidade, a capacidade de adaptação e o desenvolvimento dos mercados de exportação que uma pequena economia aberta necessita".

A transição da economia atual para uma economia de baixo carbono terá de conceber as respostas certas para nos mantermos competitivos. Mark Bourke
CEO do Novo Banco
Nos últimos dez anos, o peso das exportações no PIB passou de cerca de 30% para atingirem os 47% enquanto a economia portuguesa cresceu, em média, entre 1,5 a 2% ao ano. Se a economia portuguesa tivesse crescido ao ritmo das exportações teria havida uma mudança massiva, referiu Mark Rourke.

"Proeza impressionante"

O crescimento das exportações refletiu-se na enorme transformação na exportação de serviços como o turismo, a digitalização da economia, e na exportação de bens, que são a espinha dorsal da indústria portuguesa. Mark Rouke sublinhou a transformação das empresas exportadoras e "a sua capacidade para ultrapassar problemas de escala, de distância, de inovação e serem bem-sucedidas internacionalmente. É uma proeza impressionante que demonstra a capacidade para competir em todos os mercados". O CEO do Novo Banco alertou para o facto de o desenvolvimento da economia em geral e da indústria em particular ser feito de uma forma sustentável e que a transição, "que todos enfrentamos, da economia atual para uma economia de baixo carbono terá de conceber as respostas certas para nos mantermos competitivos, para continuarmos a ter sucesso e, ao mesmo tempo, transformarmos a indústria. É um grande desafio para o qual gostaríamos de estar ao vosso lado, fornecer financiamento, mas também a orientação, à medida que todos tentamos ultrapassar este desafio".

Mark Rourke salientou a importância das empresas para o Novo Banco. "A nossa quota de mercado é de cerca de 10%, mas nas empresas é de 15%. No domínio do trade finance e das exportações, estamos muito acima do nosso peso. Somos 20% do mercado. E temos ganho consistentemente o prémio, há vários anos, como o melhor trade-finance. E isso deve-se ao facto de esta ser, para nós, uma área chave", disse Mark Rourke.
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