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Investimento na Alemanha puxa por autoclismos da OLI
A indústria de Aveiro encerrou o último exercício com vendas globais de 48,5 milhões de euros, impulsionadas pela abertura da filial alemã, apesar de ter ficado abaixo das estimativas.
O investimento de meio milhão de euros na abertura de uma filial na Alemanha contribuiu para a subida de 21,5% nas exportações da OLI - Oliveira & Irmão para aquele mercado durante o ano passado. Esta evolução acabou por ser decisiva para impulsionar a facturação global da empresa, que progrediu 5,4% em termos homólogos, para 48,5 milhões de euros.
Os números divulgados esta quinta-feira, 23 de Fevereiro, por esta produtora de autoclismos de Aveiro, a maior da Península Ibérica, ficaram, porém, abaixo da previsão de crescimento de 30% feita aquando da abertura desta estrutura na cidade de Möckmühl, na região de Estugarda, com o objectivo de apoiar o plano de expansão internacional na maior economia europeia e também nos mercados vizinhos da Europa de Leste.
Perto de 80% dos autoclismos interiores e exteriores, placas de comando, torneiras de bóia e válvulas de descarga fabricados na fábrica de Aveiro – que foi ampliada no ano passado e onde trabalham cerca de 370 pessoas – são exportados para 70 países dos cinco continentes. Itália, Alemanha e França ocuparam o pódio dos melhores mercados externos em 2016.
Como o Negócios noticiou em Outubro, a OLI também investiu directamente perto de 1,5 milhões de euros na construção de uma fábrica na Rússia, onde já tinha uma filial comercial desde 2014. Instalada junto a Moscovo para produzir mecanismos para autoclismos em cerâmica, esta é a primeira unidade industrial no estrangeiro aberta pela empresa liderada por António Oliveira, criada há 62 anos para comercializar ferragens e produtos para canalizações.
O empresário aveirense sublinhou que no ano passado confirmou "alguns novos negócios que se traduzirão em vendas ao longo deste ano" e perspectivou, citado numa nota de imprensa, que em 2017 a OLI "melhorará o seu desempenho, aumentando a sua quota de mercado em países estratégicos, como a Alemanha, seja pela conquista de novos clientes, seja pela apresentação de produtos inovadores".