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Conselhos para investir em França

Os consumidores gauleses são exigentes. Os empresários também. Para investir no país, não são precisas fórmulas mágicas como as de Astérix. O conselho: não seja mais francês que os próprios.

25 de Novembro de 2014 às 00:01
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1.Não tente a conversação em francês se a máquina não estiver realmente bem oleada. É que os gauleses cultivam o orgulho na sua língua materna e cada "arranhão" na estrutura sintáctica será uma machadada para o fecho (positivo) do negócio. Seja prudente, e contrate uma empresa de tradução para o ajudar neste processo. Sempre evita um "oh là là" fora de contexto.

 

2.Há uma mesa para o almoço e outra para os negócios. Por mais tentadores que sejam os queijos e os vinhos franceses, resista. Não misture as duas mesas. É  que a hora da refeição é "sagrada" para estes executivos. A comunicação presencial é importante, mas no sítio certo: o escritório.

 

3.Se o seu negócio assenta na dimensão física, talvez seja altura de apostar na componente ‘online’. Pratique a arte do "ser visto" através das plataformas tecnológicas existentes. É uma prática recorrente em França, até nos negócios mais pequenos. Os parceiros de negócio poderão estranhar a falta desta montra virtual da sua empresa. Tenha a certeza de que passa uma imagem profissional do seu projecto. Porque as impressões contam em todos os suportes.

 

4.Os preços praticados em França são atractivos, mas há mais para ter em conta. Antes de entrar no país, avalie os custos fiscais, sociais e administrativos praticados. São mais elevados do que em Portugal, colocando o próprio François Hollande no centro de várias críticas. Já o quadro jurídico é considerado bastante seguro para as empresas estrangeiras.

 

5.Têm forte poder de compra e são exigentes para lá da qualidade. As questões éticas – como a origem dos produtos – estão entre as principais preocupações dos consumidores franceses. Faça questão de demonstrar como funciona a sua produção e de onde vêm as matérias-primas. Sem exageros, claro.

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