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Do canudo de Braga vê-se investigação

Nos últimos anos, Braga tem assistido à implantação de multinacionais, mas, com excepção da Bosch e da Carclasse, as maiores empresas a operar no concelho são de origem portuguesa.

30 de Junho de 2018 às 15:00
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Na visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal, no final de Maio, Braga foi o primeiro ponto de passagem. Motivo? A - também alemã - Bosch inaugurava o seu centro de tecnologia e desenvolvimento, onde quer trabalhar produtos únicos no mundo. A unidade da Bosch em Braga é a maior exportadora do município e serve de exemplo ao que poderá estar a acontecer no território minhoto. A ligação à Universidade do Minho e outros centros de conhecimento é destacada por diferentes empresários como o ponto a favor da competitividade. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que é nas engenharias que se encontra a maior fatia de alunos a frequentar o Ensino Superior no concelho.

No ano passado, o município subiu no "ranking" das exportações do décimo para o sétimo lugar - a subida em 386 milhões de euros foi apenas superada por Lisboa. Mas a autarquia minhota sublinha que as contas não estão a ser bem feitas, já que os resultados de uma das suas grandes exportadoras, a Aptiv (antiga Delphi), terão sido atribuídos à capital. Com a Aptiv, Braga teria o terceiro melhor desempenho exportador do país, garante o presidente do executivo, Ricardo Rio.


1.000
Milhões
Em 2016, Braga superou os mil milhões de euros em exportações de bens, atingindo o marco de 1.114.731.822 euros, de acordo com os números do INE.


Além da ligação à indústria automóvel e à electrónica, a metalurgia é outra alavanca neste movimento para o exterior. De acordo com o "ranking" elaborado para o Negócios pela Informa D&B, a Navarra, que toma o alumínio como matéria-prima, e a Gardengate, que fabrica portas e janelas em metal, eram a segunda e a terceira maiores exportadoras em 2016. A seguir posicionava-se a construção, com a histórica Casais a tomar conta do quarto lugar e a Bysteel a assumir o posto seguinte.

Os quatro maiores volumes de negócios pertenciam à Bosch, à Carclasse (comércio de automóveis), à Escala Braga (que presta serviços a unidades de saúde com internamento) e à construtora DST, superando mais de mil milhões de euros, num tecido empresarial concelhio que superava os 5 mil milhões de euros.


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