Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Banif encaixa 438 milhões de euros em títulos de dívida com procura superior ao dinheiro colocado

Os subscritores da operação de venda de obrigações do Banif, que gerou 438 milhões, são oriundos de vários países desde Reino Unido, Portugal e EUA. O banco do Funchal aceitou custo de 2,25% e considera que se confirma “a capacidade do Banif, de uma forma sustentada, aceder aos mercados de captação de recursos internacionais”.

24 de Janeiro de 2014 às 12:16
  • 61
  • ...

O Banif arrecadou 438 milhões de euros no mercado de obrigações esta sexta-feira. O banco dirigido por Jorge Tomé (na foto) colocou estes títulos de dívida em cerca de 30 investidores, muitos deles internacionais.

 

A instituição financeira do Funchal realizou uma emissão de títulos que se referem a uma operação de securitização, ou seja, uma operação em que o activo em causa não é dívida do próprio banco. Nesta operação concreta, o Banif agrupou carteiras de crédito a pequenas e médias empresas originadas pelo Banco de Portugal e depois as vendeu-as a investidores.

 

Na operação, liderada pela StormHarbour (boutique financeira que ajudou o IGCP no processo dos “swap” de empresas públicas) e pela unidade de investimento do Banif, o banco registou uma procura equivalente a 700 milhões de euros, 1,6 vezes acima das obrigações colocadas, avaliadas em 438 milhões. segundo um comunicado do banco. Assim, a entidade financeira teve de exercer o factor de rateio, dado que nem todos os que procuraram puderam comprar as obrigações na quantidade pretendida.

 

De acordo com o documento, “a emissão foi subscrita por cerca de 30 investidores provenientes de diversas geografias europeias (Reino Unido, Suíça, Itália, Alemanha, Holanda, França, Bélgica, Portugal e EUA)”. Em causa estarão investidores como seguradoras, fundos de pensões e fundos de investimento.

 

A procura possibilitou fixar o custo em torno dos 2,25% (Euribor a três meses – que ficou hoje nos 0,3% – acrescida de 1,95%). “O custo financeiro [ficou] num nível extremamente competitivo”, de acordo com o Banco Internacional do Funchal.

 

Esta operação segue-se a uma outra, realizada em 18 de Dezembro, em que a instituição havia colocado 180 milhões de euros em títulos de dívida referentes a uma operação de securitização em carteira de crédito ao consumo e automóvel. Nessa altura, a procura superou 2,8 vezes a quantidade colocada.

 

“Está assim confirmada a capacidade do Banif, de uma forma sustentada, aceder aos mercados de captação de recursos internacionais em condições muito competitivas e favoráveis”, considera o banco sob gestão de Jorge Tomé e presidido por Luís Amado, que ainda procura investidores internacionais que injectem cerca de 200 milhões de euros para concluir o processo de capitalização. Este processo deveria ter concluído até ao final do ano passado, mas houve lugar a um adiamento. Questionado pelo Negócios, o Banif adiantou que não há novidades em relação a este tema.

 

Em bolsa, num dia em que o índice de Lisboa perde mais de 1%, a acompanhar o sentimento negativo europeu, as acções do Banif recuam 2,61% para negociarem nos 1,12 cêntimos.

Ver comentários
Saber mais Banif Jorge Tomé
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio