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S&P corta rating da Grécia para nono nível de lixo e Fitch coloca quatro banco em incumprimento restrito
A agência de notação financeira reduziu em um nível a classificação da dívida soberana helénica, descendo-a de CCC para CCC-. Está a apenas dois níveis de ser considerada em incumprimento.
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A Standard & Poor's colocou a dívida soberana da Grécia em CCC-, que corresponde ao nono nível de lixo, numa categoria em que se considera que existe um elevado risco de incumprimento e em que a capacidade de pagamento depende de condições favoráveis e sustentáveis.
Existe ainda mais um nível, o CC, dentro desta categoria. Abaixo disso, entra em "default", com um elevado risco de incumprimento, podendo deixar de haver capacidade integral de pagamento e com poucas perspectivas de recuperação do investimento ou dos juros.
Além do corte de rating, a perspectiva para a qualidade da dívida helénica é negativa. "O ‘outlook’ negativo para a Grécia significa que podemos baixar o rating da dívida de longo prazo para SD [‘default selectivo’] nos próximos seis meses no caso de haver uma renegociação forçada de dívida [‘distressed exchange’], sublinha a agência no seu relatório emitido esta segunda-feira.
Quando há ‘incumprimento selectivo’, quer dizer que a agência considera que Atenas já não conseguirá cumprir parte das suas obrigações de pagamento da dívida.
A Standard & Poor’s está convicta de que se não houver alterações favoráveis nas circunstâncias da Grécia, que não estejam a ser antecipadas, então "o default comercial [suspensão de pagamentos] é inevitável nos próximos seis meses".
Fitch corta o rating dos quatro principais bancos gregos
Entretanto, o Banco Nacional da Grécia, Piraeus, Eurobank Ergasias e Alpha Bank viram as suas classificações cortadas pela Fitch na noite de segunda-feira.
A classificação destas quatro instituições financeiras foi reduzida para "incumprimento restrito", o que significa um elevado risco de não pagamento de obrigações. E isto devido ao controlo de capitais imposto pelo governo, que levou ao encerramento da banca até dia 6 de Julho, o que "afecta uma parte material da dívida sénior dos bancos", sublinhou a agência de notação financeira.
O incumprimento restrito (ou selectivo) implica uma forte probabilidade de "default", ou seja, neste caso, de os bancos poderem não ser capazes de honrar o pagamento das suas obrigações quando estas chegam à maturidade.
(notícia actualizada pela última vez à 01h35 de terça-feira)