As principais praças do Velho Continente continuam esta terça-feira, 30 de Junho, a negociar em terreno negativo. Ainda assim, as quedas são menos expressivas do que na sessão desta segunda-feira. Por esta altura, o Stoxx 600, o índice de referência, recua 1,08% mas a bolsa que mais desce é a francesa. O principal índice gaulês, o CAC 40, desvaloriza 1,14%. O germânico DAX perde 1%, o principal índice holandês cai 0,93%. O PSI-20 perde 0,87% e o espanhol IBEX 35 cede 0,77%. O britânico Footsie recua 0,78%.

Depois de na última sexta-feira, o primeiro-ministro grego ter anunciado que os gregos iam votar as propostas dos credores, algo que tem captado a atenção dos investidores, esta terça-feira o mercado vai estar atento à possibilidade de a Grécia entrar em incumprimento. Atenas tem de reembolsar hoje quase 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) se não o fizer entrará em incumprimento face ao FMI.

Esta segunda-feira, 29 de Junho, uma fonte do governo grego, citada pelo Wall Street Journal, confirmou que esta terça-feira, dia 30 de Junho, a Grécia não irá cumprir o pagamento de quase 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Facto que, a concretizar-se, deverá significar a entrada da Grécia em incumprimento face ao FMI, isto quando o país enfrenta graves dificuldades de liquidez. O pagamento pode ser feito até às 18h em Washington (23horas em Lisboa), cidade onde está sediado o Fundo.

Numa entrevista dada esta segunda-feira à noite, Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, pediu uma forte participação da população no referendo. Defendeu que a vitória do "não" é importante para que o país evite a "imposição de medidas extremas".

Em destaque pela negativa entre as cotadas europeias estão os títulos da francesa Pernod Ricard, que desce 0,9% depois de a empesa ter revisto em baixa as suas perspectivas de crescimento. O grupo britânico de supermercados online Ocado desce 2,7% depois de os resultados relativos ao primeiro trimestre terem falhado as estimativas dos analistas.

A LVMH – Moet Hennessy Lous Vuitton perde em torno de 1,7% depois do Bank of America ter revisto a recomendação da empresa de bens de luxo para "underperformed", o que significa que terá um desempenho abaixo das estimativas para o sector. A Christian Dior, que também viu a sua recomendação baixar tal como a LVMH, desce 3%.