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Crise grega ao minuto: terça, 30 de Junho

Atenas solicitou ao MEE um terceiro resgate e aos parceiros a extensão do actual programa. Os ministros das Finanças já estiveram reunidos e voltam a encontrar-se amanhã, mas dos três pedidos só um deverá receber luz verde dos parceiros da Zona Euro. Veja aqui os acontecimentos do dia.

23h05 - O FMI comunicou que a Grécia está atrasada no pagamento do empréstimo que vencia esta terça-feira. O comunicado do Fundo revela ainda que o Governo de Atenas solicitou o adimento da amortização do empréstimo.


21h05 - 
As principais bolsas norte-americanas conseguiram inverter para terreno positivo na sessão de hoje, recuperando do forte movimento de vendas registado na segunda-feira. 

No acumulado de 2015, o S&P 500 regista um acréscimo de 0,41%, mas trata-se do seu pior primeiro semestre desde 2010. E apesar da ligeira subida no saldo do ano, o segundo trimestre foi negativo em 0,2% – após sucessivos máximos históricos nos primeiros meses de 2015, a crise da Grécia [e o impasse entre Atenas e os seus credores para a resolver] pesou fortemente. 


21h00 - 
A Fitch reduziu em dois níveis a classificação da dívida de longo prazo da Grécia, de B- para CCC, colocando-a assim no oitavo nível de lixo (categoria especulativa). Isto depois de ontem a S&P ter feito o mesmo. 

Ambas as agências de notação financeira cortaram também os ratings dos quatro principais bancos gregos - Banco Nacional da Grécia, Piraeus, Eurobank Ergasias e Alpha Bank -, considerando-os em situação de "incumprimento selectivo". 


20h40 - 
Os ministros das Finanças da Zona Euro estarão reunidos na quarta-feira, em teleconferência, a partir das 11h30 (10h30 de Lisboa), para debater o novo plano apresentado pela Grécia, disse o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, na sua conta de Twitter.

20h00 - 
Yannis Dragasakis, vice-primeiro-ministro, avançou em entrevista à estação da TV pública ERT que a Grécia apresentou um pedido ao FMI para adiar o pagamento das quatro parcelas que deveriam ser reembolsadas hoje. Não referiu, contudo, se já houve uma resposta ao pedido.

Segundo alguns media internacionais, que estão a citar a entrevista, Dragasakis terá solicitado que o adiamento seja de cinco meses, com pagamento previsto no fim de Novembro.

Dragasakis salientou ainda que o governo grego poderá não avançar com o referendo agendado para domingo, 5 de Julho.

No entanto, a presidente do Parlamento grego, Zoe Konstantopoulou, tinha dito que era constitucionalmente impossível suspender o referendo.


19h55 -
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que Atenas vai enviar uma actualização da sua proposta para a reunião de amanhã.   

19h45 -
Os ministros das Finanças da Zona Euro fizeram uma primeira avaliação negativa da proposta da Grécia na reunião que teve lugar esta terça-feira. Solicitaram a Atenas que envie mais informação a tempo de ser avaliada na reunião que está marcada para quarta-feira, refere a Bloomberg. Citando uma fonte do Eurogrupo, a agência de notícias adianta que os ministros vão exigir que a Grécia faça campanha pelo sim no referendo. 

19h23 -
O Mecanismo Europeu de Estabilidade emitiu esta tarde um comunicado a alertar que o programa de assistência à Grécia termina esta quarta-feira, 30 de Junho. Num comunicado, o fundo de resgate do euro adianta que a Grécia perde assim o acesso às tranches pendentes, no valor de 12,7 mil milhões de euros. Klaus Regling, o CEO do fundo, lamenta o fim do programa, que estava a produzir resultados positivos até meados de 2014.

19h18 - Eurogrupo volta a reunir-se quarta-feira, 1 de Julho, às 16h00, de acordo com fonte oficial da União Europeia, citada pela Bloomberg.

19h03 -
O Eurogrupo terminou, revela Alexander Stubb, ministro das Finanças da Finlândia, através da sua conta do Twitter. O responsável revela que a carta de Tsipras inclui três pedidos, sendo que dois deles não receberão aval: o prolongamento do programa e a reestruturação da dívida. Já o pedido de um novo programa através MEE "é sempre possível através dos procedimentos normais."


18h23 –
Manuel Valls, primeiro-ministro francês, mantém a perspectiva de acordo com a Grécia e salienta que esta "não é apenas uma questão da Grécia e europeia". "As consequências na Zona Euro vão, obviamente, ter um impacto global", acrescentou. 


18h14 –
Não há volta a dar ao referendo, a avaliar pelo que o presidente do Parlamento grego afirmou, Zoe Konstantopoulou. "A partir do momento que foi decidido, não há um procedimento constitucional para cancelar o referendo", afirmou o responsável, citado pelo Guardian.


17h47 -
Merkel diz que a Alemanha "não negoceia sobre absolutamente nada" com o Governo grego antes dos resultados do referendo de domingo, de acordo com a Bloomberg que cita a responsável à margem de um evento do partido CDU.

16h50- Daqui a cerca de uma hora, às 18h em Lisboa, a mesma hora prevista para o início da reunião extraordinária dos ministros das Finanças do euro, terá lugar uma nova manifestação nas ruas de Atenas. Será uma manifestação pró-europeia convocada a partir das redes sociais. Já confirmaram a presença cerca de 35 mil gregos que irão também manifestar-se a favor do "Sim" no referendo do próximo domingo, 5 de Julho. 

16h45-
Entretanto, Alexis Tsipras telefonou ao primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, para tentar encontrar uma solução que impeça a Grécia de falhar o pagamento previsto para hoje ao FMI e a consequente provável entrada em incumprimento. 


16h40-
O ministro grego das Finanças, Yanis varoufakis, já se encontra a caminho da residência oficial do primeiro-ministro, Alexis Tsipras. Varoufakis e Tsipras deverão definir entretanto aquela que será a posição grega durante a reunião por teleconferência do Eurogrupo que vai decorrer a partir das 18h, em Lisboa. 

16h23 –
Angela Merkel terá dito aos deputados que a Alemanha não poderá avaliar uma nova proposta antes do referendo que vai decorrer este domingo na Grécia, segundo a Reuters. 


Já o vice-chanceler, Sigmar Gabriel, afirmou aos jornalistas, citado pela Bloomberg, que as negociações com a Grécia poderão ser retomadas rapidamente se o referendo for morto.


15h57-
O governo grego pediu também ao Eurogrupo a extensão "por um período curto de tempo" do actual programa grego, que termina esta terça-feira, 30 de Junho. Na proposta em que Atenas solicita um terceiro resgate ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), é também reiterado o pedido de prolongamento do programa de assistência em curso. Mas contrariamente ao pedido de extensão do programa por um mês feito no domingo, desta feita o governo grego não quantifica o período de prolongamento pretendido. 


O objectivo, explicitam as autoridades helénicas na missiva enviada a Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, passa por assegurar que "um 'default' técnico não é accionado". 

15h42 -
O Governo da Grécia não assinará qualquer acordo caso o "sim" vença o referendo de domingo e respeitará a decisão popular, disse hoje à Lusa um ministro-adjunto do executivo de Atenas. "Se os gregos votarem "sim" no referendo, mesmo que seja por medo, respeitaremos a sua decisão. Somos um Governo democrático e vamos respeitar a decisão popular. Mas não será o nosso Governo a assinar um acordo que não aceitamos", disse, em declarações à Lusa, Theodoros Dritsas, 68 anos, um dos fundadores do Syriza em 2004, eleito deputado pelo partido desde 2007 e actual ministro-adjunto para os Assuntos Marítimos.

15h33 –
Ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se, através de teleconferência, esta terça-feira 30 de Junho, às 19h, hora de Bruxelas, ou seja 18h, em Lisboa. O objectivo é discutir a proposta grega, revelou Dijsselbloem através do Twitter. 


15h31- 
O ex-primeiro-ministro grego e líder do maior partido da oposição (Nova Democracia), Antonis Samaras, defende que a questão que será colocada no referendo do próximo domingo "pressupõe uma resposta de ‘Sim’ ou ‘Não’ ao euro e à Europa". Para Samaras "um ‘Não’ significaria que as pensões e salários, tanto no sector público como no privado, não seriam pagas". 


15h26 -
"Algo de bom poderá acontecer hoje", disse o deputado do Syriza, Dimitris Papadimoulis, citado pela Sky News. O deputado mostra-se optimista quanto ao desfecho do actual impasse entre Atenas e os credores numa altura em que o governo grego propôs ao fundo de resgate do euro um programa de dois anos.


14h37 -
A indicação de que foram desmarcadas conferências e entrevistas está a aumentar a especulação de que estão a ser feitas negociações. O Guardian revela que estava marcada uma conferência de imprensa de responsáveis governamentais com jornalistas estrangeiros e que esta foi cancelada porque foi convocada um conselho de ministros de urgência.

- Dijsselbloem também desmarcou uma entrevista televisiva, invocando uma "obrigação urgente".

14h32- 
O Governo grego voltou a colocar em cima da mesa das negociações uma reviravolta no curso das conversações com os credores. De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, o Executivo helénico solicitou ao fundo de resgate do euro (o Mecanismo Europeu de Estabilidade, ou ESM na sigla em inglês) um acordo com a duração de dois anos. O objectivo passa por fechar um acordo que inclua um programa que contemple todas as necessidades de financiamento da Grécia durante esse período e ao mesmo tempo uma reestruturação da dívida grega. E exclui o FMI. Isto porque além do empréstimo pedido ao MEE, as autoridades helénicas solicitam a reestruturação da dívida ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), argumentando com a importância de "assegurar que a dívida pública grega se torne sustentável e viável no longo-prazo". A Grécia tem um empréstimo de 131 mil milhões de euros contraído ao FEEF.


13h42 –
Dijsselbloem revelou que no próximo Eurogrupo, agendado para dia 13 de Julho, vai ser votado o novo presidente do grupo que reúne os ministros das Finanças da Zona Euro. Dijsselbloem concorre contra o ministro das Finanças de Espanha, Luis de Guindos.

 

- O actual presidente do Eurogrupo revelou ainda, citado pela Bloomberg, que a situação da Grécia será também um dos temas de agenda.


13h08- O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, garante que a Grécia continuará no euro mesmo que o "Não" saia vitorioso no referendo do próximo domingo, 5 de Julho, e revela que Atenas poderá recorrer ao quadro 2014-2020 dos fundos estruturais europeus de 30 mil milhões de euros. Schäuble disse ainda que o Banco Central Europeu (BCE) fará tudo aquilo que for necessário para salvaguardar a estabilidade do euro.


13h03-
Angela Merkel diz que não vislumbra nenhum indício de que o programa de assistência grego não expire esta terça-feira tal como está agendado. Merkel garantiu não ter qualquer conhecimento sobre uma eventual "nova" proposta que tenha sido apresentada às autoridades gregas, assegurando que apenas tem conhecimento da proposta apresentada a Atenas na passada sexta-feira, 26 de Junho. E, de facto, o porta-voz da Comissão tinha já dito que a proposta apresentada a Atenas foi a mesma que estava em cima da mesa no domingo. 

A chanceler alemã reiterou esta terça-feira, em Berlim, que as portas para posteriores negociações permanecem abertas. "Os canais de comunicação não serão encerrados depois da meia noite de hoje (...) o que significa que a porta permanece aberta para mais conversações, mas não posso dizer mais do que isto", proclamou a governante germânica.

12h30 - O Governo grego também já confirmou a conversa com Juncker, acrescentando que Alexis Tsipras teve ainda contactos com Mario Draghi, presidente do BCE, e Martin Schultz, presidente do Parlamento Europeu, acrescenta o Guardian.

12h19 – O ministro das Finanças grego confirmou que a Grécia não fará o reembolso ao FMI esta terça-feira. Varoufakis diz ter ainda esperança de chegar a um acordo com os credores, de acordo com a imprensa.

 

 

12h17 – O site de informação Live Squawk, revela ainda que o responsável da Grécia pelas negociações com os credores, acredita numa maior flexibilidade por parte dos credores nos próximos dias.


12h20 -
A Comissão Europeia confirmou contactos entre Jean-Claude Juncker e Alexis Tsipras na segunda-feira, com um conjunto de propostas que estabeleceriam um acordo de última hora. Alexis Tsipras ainda não respondeu. O tempo escasseia. Uma das propostas era que o primeiro-ministro grego fizesse campanha pelo "sim". O porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, garantiu que em relação às medidas, Juncker manteve as propostas de sexta-feira, divulgadas domingo por Bruxelas. E concluiu dizendo que Bruxelas mantém as portas abertas.


12h16 -
Se a Grécia receber uma proposta irrecusável, reconsidera o referendo, afirmou o porta-voz do Governo helénico para os assuntos económicos, Eucleides Tsakalotos, citado pelo site de informação financeira grego, Live Squawk.


12h03 –
Uma fonte oficial do Governo alemão revela à Reuters que agora é tarde demais para uma extensão do programa grego.


11h55 –
A televisão grega está a noticiar que o Governo grego está a enviar as suas propostas às instituições internacionais, revela Nick Malkoutzis, editor de economia no site Macropolis e co-editor do site de informação grego Kathimerini. 

 

11h20 – Bancos gregos conseguirão manter-se solventes nos cinco dias seguintes a um evento de crédito, ou seja, à entrada de incumprimento do país, revelou à Reuters um membro da supervisão do BCE, Felix Hufeld.


10h56 –
"O referendo vai decorrer normalmente", afirmou uma fonte oficial do Governo grego ao Financial Times. O Executivo liderado por Alexis Tsipras poderá estar a renegociar com Bruxelas, mas o acordo final só deverá ser fechado após referendo. O jornal adianta que Atenas poderá apresentar também uma proposta esta terça-feira.


10h49 -
A notícia sobre um possível acordo de última hora levou a um alívio de pressão imediata nos mercados. As bolsas de Itália, Espana e Holanda estão mesmo em terreno positivo. A bolsa portuguesa, que estava a cair mais de 1,5%, segue a perder 0,90%.

10h30 -
Na Grécia surgem notícias de que o governo de Alexis Tsipras poderá estar a reconsiderar o desafio de última hora de Juncker para chegar a um acordo. Pode ser o volte-face. As informações e contra-informações vão acontecendo. A versão inglesa do jornal Kathimerini relata, citando fontes anónimas, que o primeiro-ministro Tsipras já terá informado a Comissão Europeia de que estava a examinar a proposta de reconsiderar.


9h53 -
Um membro do Governo russo, que preferiu manter o anonimato, reiterou que a Grécia não pediu ajuda financeira à Rússia. Este elemento do Governo, citado pela agência de notícias pública russa, assinalou ainda que apenas instituições multinacionais podem conceder ajuda financeira à Grécia.

"Este é um problema da Grécia", afirmou entretanto o porta-voz do Kremlin, Dmitry Pesko, citado pelo Guardian. É uma questão "de relações da Grécia com os seus credores, não é uma matéria para nós", acrescenta.

9h01 -
O jornal grego Ekathimerini noticiou, citando fontes anónimas do governo grego e de Bruxelas, que Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, fez uma oferta de última hora para tentar um acordo com os credores. Exigiu que Alexis Tsipras a aceitasse por escrito. O primeiro-ministro grego não mostrou abertura para essa missiva, que obrigaria a uma reunião extraoridnária do Eurogrupo. Juncker aproveitou, segunda-feira, para falar aos gregos, apelando o seu voto no "sim" "qualquer que seja a pergunta" no referendo. A Comissão Europeia divulgou, por outro lado, a última proposta que tinha feito à Grécia. O acordo não foi alcançado. 

8h57 -
Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, declarou esta manhã que Alexis Tsipras assume grande responsabilidade pelo caos grego. Numa entrevista à Cadena Cope, Rajoy expressou a sua opinião sobre o referendo de domingo na Grécia: "Se Tsipras perder o referendo será bom para a Grécia". Para o chefe de Governo espanhol, a Grécia não consegue neste momento financiar-se, a não ser através de empréstimos junto dos países da União Europeia dados em "magníficos condições". E lembrou que a União Europeia emprestou 90% do PIB grego. "A Europa foi muito solidária com a Grécia".

Mariano Jaroy declarou, no entanto, esperar que a Grécia não saia do euro. No entanto, se sair dá a mensagem errada de que o euro não é irreversível. Mas garantiu que Espanha não está na situação de 2012. 

8h45 -
A Grécia está a estudar as medidas legais que podem accionar para travar a sua saída do Euro. "O Governo grego fará uso de todos os seus direitos legais", declarou Varoufakis ao jornal britânico The Daily Telegraph. O ministro das Finanças acrescentou que "estamos a receber assessoria e certamente vamos considerar uma medida no Tribunal de Justiça da União Europeia. Os tratados europeus não prevêem a saída do euro e nós recusamo-nos a aceitá-la. A nossa presença [na União Europeia] não é negociável", sublinhou.

8h30 -
Yannis Varoufakis, ministro das Finanças grego, já utilizou, esta manhã, o twitter e para partilhar o artigo de opinião de Joseph Stiglitz, prémio Nobel, no qual escrevia que votaria "não" no referendo grego. 


8h15 -
As bolsas europeias, como indicavam os futuros, abriram em queda, mas bem mais ligeira do que na sessão de segunda-feira. 

7h55 - 
Nas praças asiáticas, a sessão foi de ganhos. O Shanghai Composite Index avançou 3,4%, numa altura em que a volatilidade no mercado chinês está no valor mais elevado em sete anos. No Japão, o Nikkei somou 0,63% e o Topix apreciou 0,34%. Os futuros europeus estão em queda, indiciando que a sessão vai arrancar no vermelho.

 

7h30 - Atenas já comunicou que mil balcões bancários vão abrir de quarta-feira, 1 de Julho, até ao final da semana para que pensionistas, que não têm cartões para levantamento de dinheiro em caixas automáticas, possam receber as suas subvenções. Mas só podem levantar 120 euros. Aos bancos foi pedido que emitam cartões para quem não tem, por forma a que os pensionistas possam levantar dinheiro nos multibancos e aí com um limite de 60 euros diários. As caixas multibancos foram reabastecidas segunda-feira à tarde.

A Grécia decretou no passado domingo, 28 de Junho, limites à movimentação de capitais. Os bancos fecharam. Ainda assim, segunda-feira, o racionamento monetário começou sem sobressaltos, apesar de alguma corrida também aos supermercados e bombas de gasolina.

Os gregos vão ser chamados a votar, no próximo domingo, 5 de Julho, se aceitam as medidas propostas pelos credores. Uma votação, em referendo, que, no entanto, chega depois do fim do prazo do programa de ajuda em vigor. O programa termina esta terça-feira, 30 de Junho, dia em que a Grécia devia pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI, pagamento que já disse que não ia fazer. Mas em declarações ontem à televisão grega o primeiro-ministro grego ainda deu abertura para que caso os credores propusessem um acordo viável o mais depressa possível o pagamento ainda poderia ser feito. 

 

"Se houver um acordo esta noite, a Grécia amanhã pagará ao FMI", salientou Alexis Tsipras. As declarações eram proferidas com mais de 12 mil pessoas a manifestarem-se na praça Syntagma. "Não nos vão expulsar do euro", declarou Tsipras à ERT TV, televisão grega, acrescentando a razão: "o custo é muito grande". Tsipras acredita que, no referendo de domingo, o "não" vai ganhar. Uma vitória do "sim" pode resultar na queda do governo apoiado pelo Syrika, acreditam analistas citados pela Bloomberg.

Neste braço de ferro entre Atenas e os seus credores, em particular os parceiros europeus, ninguém parece ceder. 

Veja quais os montantes de pagamento e as datas que Atenas terá de cumprir.

































(Notícia em actualização)

 

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