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Juros da Grécia continuam a disparar e condicionam os restantes países periféricos

Os juros da dívida grega continuam a disparar numa altura em que os juros das obrigações dos países periféricos do euro também seguem em alta. Já os juros da dívida alemã permanecem em queda enquanto investimento de refúgio.

Reuters
29 de Junho de 2015 às 17:08
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Apesar da bolsa grega estar encerrada até terça-feira da próxima semana, 7 de Julho, os efeitos provocados pelo bloqueio nas negociações entre Atenas e os credores e consequente provável entrada da Grécia em incumprimento perante o Fundo Monetário Internacional (FMI) já esta terça-feira, 30 de Junho, fazem-se sentir nas obrigações gregas.

 

A decisão de encerrar não apenas a bolsa mas também os bancos durante esta semana e a decisão de avançar com a imposição de controlo de capitais para estancar a fuga de liquidez dos bancos helénicos está a pressionar os juros da dívida grega que seguem a disparar esta segunda-feira, 29 de Junho.

 

No prazo a 2 anos, a taxa de juro exigida pelos investidores para trocarem entre si dívida grega nos mercados secundários segue a disparar 1.713,1 pontos base para 38,417%. Já na maturidade a 10 anos, os juros da dívida grega sobem 418,5 pontos base para 15,031%.

 

A tendência de subida abrange também os restantes países denominados de periféricos da Zona Euro, embora de forma bem menos acentuada do que no caso grego, com os investidores a preferirem apostar na dívida de países com economias mais robustas, como é o caso da alemã, a maior economia do bloco do euro.

 

Em Portugal, as "yields" associadas às obrigações portuguesas seguem a avançar 6,2 pontos para 0,096% a 2 anos e 33,4 pontos para 3,052% a 10 anos. Aqui ao lado, os juros da dívida pública espanhola transaccionada nos mercados secundários seguem a crescer 15,7 pontos para 0,453% no prazo a 2 anos e 21,7 pontos para 2,328% a 10 anos.

 

Também em Itália se confirma uma espécie de contágio a uma indefinição em torna da crise grega que agrava o risco de saída da Grécia da Zona Euro. As "yields" transalpinas avançam 14,7 pontos base para 0,445% na maturidade a 2 anos e 21,1 pontos para 2,361% a 10 anos. A tendência verificada nos juros irlandeses, cujas rendibilidades também estão a subir, é, porém, menos acentuada.

 

A taxa exigida pelos investidores para trocarem dívida irlandesa está a subir 2,8 pontos para 0,161% na maturidade a 2 anos e 0,6 pontos para 1,657% no prazo a 10 anos.

 

Em sentido inverso seguem os juros das obrigações alemãs (bunds), cujas rendibilidades seguem em queda, reflectindo a procura dos investidores de investimento de refúgio. A dívida alemã é considerada o activo mais seguro entre os países do euro dado assumir-se como a maior economia da moeda única.

 

A taxa de juro implícita das obrigações alemãs segue a recuar 2,6 pontos base para 21,6% no prazo a 2 anos e a deslizar 13,4 pontos para 0,788% na maturidade a 10 anos.

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