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Grécia determina segunda-feira negra nas bolsas europeias

A sessão desta segunda-feira foi marcada por perdas acentuadas nas bolsas do Velho Continente. Lisboa e Milão caíram mais de 5% e Madrid recuou mais de 4%. A crise na Grécia pressionou os mercados.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
29 de Junho de 2015 às 17:56
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O dia foi negro nos mercados bolsistas europeus. Os principais índices bolsistas registaram perdas acentuadas, pressionados pela crise grega. Lisboa liderou as desvalorizações ao recuar 5,22%. Milão acompanhou esta trajectória e desvalorizou 5,17%. O Ibex 35 caiu 4,56%. A praça holandesa, a praça francesa e alemã caíram mais de 3,50% e o Footsie desceu 1,97%. O Stoxx 600, o índice de referência, recuou 2,69%.

O sector bancário foi o que mais perdeu terreno na Europa. Por cá, o BCP encerrou a cair 11,11%, o BPI desceu 8,45% e o Banif recuou 8,82%. Em Espanha, o Banco Popular encerrou a cair 7,18% e o Santander perdeu 6,70%.

O Royal Bank of Scotland desceu 2,61%, o Lloyds desvalorizou 1,37% e o Barclays deslizou 2,97%. O Intesa Sanpaolo recuou 6,10% e o Deutsche Bank perdeu 5,82%.

Este domingo, 28 de Junho, numa curta declaração televisiva feita ao povo grego, o primeiro-ministro Alexis Tsipras anunciou que os bancos gregos irão encerrar e decretou a imposição de controlo de capitais. O Ministério das Finanças revelou também ontem que "os bancos vão permanecer fechados até 7 de Julho". Entretanto, esta segunda-feira, 29 de Junho, uma fonte do Governo helénico disse à Reuters que alguns bancos podem abrir na próxima quinta-feira apenas para o pagamento de pensões.

O mercado de capitais do país vai ficar também encerrado até depois do resultado do referendo às propostas dos credores para a Grécia, devendo reiniciar operações a 7 de Julho.

Há vários meses que a crise grega está a captar a atenção dos mercados. No final da semana passada, e depois de vários encontros, os credores e a Grécia não alcançaram um entendimento que permitisse um acordo. Alexis Tsipras decidiu na última sexta-feira que as propostas dos credores devem ser sufragadas pelos gregos. Por conseguinte, marcou para o próximo domingo, 5 de Julho, a realização de um referendo para que a população possa dizer "sim" ou "não" às propostas das instâncias internacionais. O Syriza vai apelar ao povo grego para que vote "não" no referendo, ou seja, para que não aceite o acordo com os credores internacionais, disse à Lusa fonte oficial do partido na última sexta-feira.

Entretanto, esta segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker, mostrou-se "profundamente entristecido com a escalada das últimas horas a que se tem assistido na Grécia". Contudo, apesar de Juncker dizer ser preciso que "o povo grego conheça a verdade", afiança que as instituições mantêm a "porta aberta" para novas negociações. Juncker apelou ainda aos gregos para votarem "sim" no referendo.

Entretanto, e já depois do fecho das praças europeias, o Wall Street Journal, que cita uma fonte do governo grego, avança que Atenas não irá realizar o pagamento de quase 1,6 mil milhões de euros ao FMI. De acordo com o jornal norte-americano, as autoridades gregas não vão cumprir, esta terça-feira, 30 de Junho, a devolução das quatro parcelas previstas para o presente mês. O que significa que a Grécia poderá entrar em incumprimento face ao FMI.

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