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Merkel: “Foi oferecido um programa extraordinariamente generoso ao Governo grego”

A chanceler alemã considera que o programa proposto a Atenas pelos credores era “extraordinariamente generoso”. Ainda assim, a líder germânica refere que “não descarta” voltar a negociar com a Grécia.

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Merkel: Germany Still Open to Greece Negotiations
29 de Junho de 2015 às 15:29
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Para Angela Merkel, chanceler alemã, o programa apresentado pelos credores internacionais à Grécia foi "generoso". "Foi oferecido um programa extraordinariamente generoso ao Governo grego", afirmou após um encontro com os líderes parlamentares em Berlim e citada pelas agências internacionais. Os credores fizeram uma proposta que representa o seu compromisso, porém a Grécia não queria um compromisso, adiantou acrescentando que "ninguém alcança 100%" do que pretende num processo negocial.

A líder alemã considera ainda que a Grécia representa um "desafio decisivo" para a Zona Euro. No entanto, assinala que a Europa pode responder de uma forma mais robusta aos problemas do que há cinco anos. Em 2010, a Grécia pediu o primeiro pacote de ajuda financeira.

Na conferência de imprensa, Merkel assinalou ainda que "não descarta" mais negociações com a Grécia. "Se alguém quiser falar connosco, estamos preparados para fazê-lo a qualquer momento", garantiu. Algo que poderá vir a acontecer depois do referendo de 5 de Julho, se houver espaço para o compromisso, segundo a Bloomberg. Não "há nenhuma razão de urgência para que seja convocada uma cimeira extraordinária de momento", revelou ainda Merkel.

Na passada sexta-feira, 26 de Junho, a reunião do Governo grego terminou com Alexis Tsipras a anunciar que vai convocar os gregos para decidirem, em referendo, as medidas propostas pelos credores. O Syriza vai apelar ao povo grego para que vote "não" no referendo, ou seja, para que não aceite o acordo com os credores internacionais, disse à Lusa fonte oficial do partido na última sexta-feira.

Entretanto, esta segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker, mostrou-se "profundamente entristecido com a escalada das últimas horas a que se tem assistido na Grécia". Contudo, apesar de Juncker dizer ser preciso que "o povo grego conheça a verdade", afiança que as instituições mantêm a "porta aberta" para novas negociações. Juncker apelou ainda aos gregos para votarem "sim" no referendo.

Em relação a esta consulta pública ao povo grego, Merkel assinalou que "por um lado, [está relacionado] com o futuro do euro" mas "por outro lado ninguém quer influenciar os gregos". "Temos de ser cuidadosos com a mensagem que queremos enviar", disse.


Sigmar Gabriel, vice-chanceler, presente também na conferência de imprensa na capital alemã, adiantou que Atenas em termos "políticos e ideológicos quer outra Zona Euro". A "Grécia tinha a intenção de ganhar ajuda sem comprometer-se com esforços reais", acrescentou.

(Notícia actualizada às 15h44)

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