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Fecho dos mercados: Grécia afunda bolsas europeias e dispara juros da periferia

As bolsas europeias começaram a semana com fortes desvalorizações, penalizadas pelos receios em torno do futuro da Grécia na Zona Euro. Preocupações que levaram também os investidores a exigirem juros mais elevados para apostar na dívida dos países da periferia. Um movimento que castigou sobretudo os títulos do sector financeiro.

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Greek ETFs Plunge, China Enters Bear Market
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 5,22% para 5.530,50 pontos

Stoxx 600 caiu 2,69% para 386,17 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,20% para 2076,17 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 35,0 pontos-base para 3,068%

Euro sobe 0,10% para 1,1178 dólares

Petróleo desce 2,29% para 61,81 dólares por barril, em Londres

 

Bolsa portuguesa lidera perdas numa Europa "pintada" de vermelho

A primeira sessão da semana ficou marcada pelas fortes desvalorizações das praças europeias. O mercado accionista nacional destacou-se com uma queda de 5,22% para 5.530,50 pontos, o maior recuo em quase dois anos. À semelhança do que aconteceu na Europa, o sector financeiro foi o mais penalizado, com o índice europeu a descer cerca de 4%. O BCP foi o banco que mais recuou na Europa, ao marcar uma desvalorização de 11,11% para 0,0752 euros, enquanto o BPI depreciou 8,45% para 1,007 euros. Todas as cotadas da bolsa nacional fecharam no vermelho. O índice accionista de referência do Velho Continente, o Stoxx 600, cedeu 2,69% para os 386,17 pontos.

 

Dívida dos periféricos dispara

Os juros da dívida dos países periféricos estão esta segunda-feira a disparar no mercado secundário, reflectindo o receio dos investidores relativamente ao desfecho das negociações com Grécia. Na Grécia registam-se as maiores subidas, com os juros da dívida a 10 anos a apreciar 422,9 pontos base para 15,073%. Em Portugal, a "yield" a 10 anos está a avançar 35 pontos base para 3,068%. Os juros estão assim novamente acima dos 3%, após terem aliviado durante a sessão. Pelo contrário, os investidores estão a apostar na dívida alemã, fazendo cair as "yields". Assim, o prémio de risco face à dívida alemã está a subir para 227,97 pontos base.

 

Euribor fixa novo mínimo histórico

A Euribor a três meses atingiu um novo mínimo histórico esta segunda-feira. Após uma sessão inalterada, a taxa recuou de -0,015%, o anterior valor mais baixo de sempre, fixado na quinta-feira, para -0,016%. Este importante indexante nos créditos à habitação em Portugal tem renovado mínimos históricos na sequência da política do BCE.

 

Euro atenua quedas

O euro está a apreciar ligeiramente. Sobe 0,1% para 1,1178 dólares. A moeda única alivia assim das quedas registadas no início da primeira sessão da semana, após o anúncio da convocação do referendo na Grécia, na sexta-feira. Chegou a perder um máximo de 1,90% para 1,0950 dólares, abaixo da fasquia dos 1,10 dólares, esta segunda-feira.

 

Grécia pressiona petróleo

O petróleo continua esta segunda-feira a desvalorizar nos mercados internacionais. A incerteza relativamente ao desfecho do referendo na Grécia está a pressionar a matéria-prima. A contribuir para o recuo de 2% estão também as declarações de Federica Mogherini, esta segunda-feira, indicando que as negociações com o Irão estão a avançar. O acordo nuclear tem como contrapartida a o aumento das exportações de petróleo pelo Irão.

 

O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, está a cair 2,29% para 61,81 dólares por barril. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) recua 2,11% para 58,37 dólares.  

 

Ouro sobe com incerteza

O ouro está a subir 0,24% para 1178,36 dólares por onça, beneficiando da incerteza gerada com a marcação do referendo na Grécia. O metal precioso, considerado um investimento de refúgio, já registou esta segunda-feira subidas mais acentuadas, tendo chegado a apreciar mais de 1%. O abrandamento dos ganhos reflecte a especulação de um controlo de um possível contágio da crise na Grécia.  

 

Destaques do dia:

 

Merkel: "Foi oferecido um programa extraordinariamente generoso ao Governo grego". A chanceler alemã considera que o programa proposto a Atenas pelos credores era "extraordinariamente generoso". Ainda assim, a líder germânica refere que "não descarta" voltar a negociar com a Grécia.

 

Dois mil milhões de euros separam BCE do objectivo mensal para as compras de activos. Foram 14,444 mil milhões de euros que a instituição monetária aplicou na semana terminada a 26 de Junho. Assim, a aquisição de activos do sector público, "covered" bonds e instrumentos de dívida titularizados em Junho já supera os 58 mil milhões.

Quer investir nas obrigações da SAD do Benfica? Esclareça as dúvidas. A emissão de obrigações da SAD do Benfica, para obter um financiamento até 55 milhões de euros, destinada a investidores de retalho arranca esta segunda-feira. Esclareça as suas dúvidas sobre esta operação.

 

Nowotny: BCE volta a reunir-se na quarta-feira sobre a Grécia. O Banco Central Europeu (BCE) vai voltar a discutir o tema Grécia na quarta-feira, revelou Ewald Nowotny, membro da autoridade, à Reuters. Em causa está a decisão de elevar ou manter a linha de liquidez de emergência aos bancos gregos.

 

Desemprego sobe em Maio para 13,2%. A taxa de desemprego subiu em Maio para 13,2%, de acordo com a estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística. Há mais 19 mil desempregados do que no mês anterior.

 

Tsipras envia carta aos chefes de Governo do euro a pedir mais um mês de ajuda. O referendo é às propostas dos credores e não à permanência no euro, garante o primeiro-ministro grego numa carta que enviou aos congéneres da Zona Euro. Na missiva, volta a solicitar uma ajuda temporária.

 

Risco de crédito das empresas europeias com maior subida desde colapso do Lehman. A crise grega está a provocar uma subida de 20% no custo que os investidores suportam ao protegerem-se contra o incumprimento das maiores empresas europeias.

 

Oficial: Bolsa grega só volta a negociar a 7 de Julho. Tal como os bancos, também o mercado de capitais do país vai ficar encerrado até depois do resultado do referendo às propostas dos credores para a Grécia. A decisão foi tomada pelo regulador do mercado grego.

 

O que vai acontecer amanhã:

 

Grécia. Termina o prazo para o reembolso de 1,6 mil milhões de euros ao FMI

 

INE. Vendas a retalho, em Maio [anterior (homólogo): 3,5%]

 

INE. Índice de produção industrial, em Maio [anterior (homólogo): -0,5%]

 

Zona Euro. Taxa de desemprego, em Maio [anterior: 11,1% ; estimativa: 11,1%]

 

Zona Euro. Índice de preços no consumidor, em Junho

 

Alemanha. Vendas a retalho, em Maio [anterior (homólogo): 1,0% ; estimativa: 3,0%]

 

EUA. Índice S&P/Case-Shiller de preços na habitação, em Abril [anterior (homólogo): 4,14%]

 

EUA. Índice PMI de Chicago, em Junho [anterior: 46,2 pontos ; estimativa: 50,0 pontos]

 

EUA. Índice de confiança dos consumidores, em Junho [anterior: 95,4 pontos ; estimativa: 96,8 pontos]

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