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Abertura de mercados: Bolsas europeias e euro em queda penalizados pela Grécia

A situação da Grécia continua no centro das atenções dos investidores. As bolsas do Velho Continente e o euro descem e os juros a dez anos sobem.

Reuters
30 de Junho de 2015 às 08:33
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,24% para os 5.516,98 pontos

Stoxx 600 recua 0,46% para 384,38 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe

Euro desvaloriza 0,53% para 1,1177 dólares

Petróleo negociado em Londres cede 0,13% para 61,93 dólares por barril

 

Bolsas europeias no vermelho com investidores atentos à Grécia

As principais praças do Velho Continente estão esta terça-feira, 30 de Junho, a negociar em terreno negativo. Ontem, no fecho da sessão a maioria das bolsas europeias registou quedas acentuadas. Lisboa liderou as desvalorizações ao recuar mais de 5%. Contudo, por esta altura, as desvalorizações são menos expressivas. O Stoxx 600, o índice de referência desce 0,46%. O francês CAC 40 é o índice que mais perde na Europa, recuando 0,88%, seguido do principal índice holandês, que desliza 0,61%. O PSI-20 cede 0,24%.

 

Depois de na última sexta-feira, o primeiro-ministro grego ter anunciado que os gregos iam votar as propostas dos credores, algo que tem captado a atenção dos investidores, esta terça-feira o mercado vai estar atento à possibilidade de a Grécia entrar em incumprimento. Atenas tem de reembolsar hoje quase 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), se não o fizer (como referiu ontem uma fonte do Executivo ao Wall Street Journal) entrará em incumprimento face ao FMI.

 

Nas praças asiáticas, a sessão foi de ganhos. O Shanghai Composite Index avançou 3,4%, numa altura em que a volatilidade no mercado chinês está no valor mais elevado de sete anos. No Japão, o Nikkei somou 0,63% e o Topix apreciou 0,34%.

  

Juros a dez anos acima dos 3%

Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir no mercado secundário em quase todos os prazos. A dez anos, as "yields" portuguesas crescem quatro pontos base para 3,123%. Na segunda-feira, os juros voltaram a ultrapassar os 3%. A dois anos, a única maturidade em que as "yields" estão em queda, os juros cede 0,1 pontos base para 0,113%.

 

Esta tendência de subida verifica-se também nos restantes países periféricos. As "yields" espanholas a dez anos somam 5,1 pontos base para 2,397%. E os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida italiana com maturidade em dez anos somam 3,2 pontos base para 2,423%. Os juros da dívida dos países periféricos continuam assim a subir no mercado secundário, reflectindo o receio dos investidores relativamente ao desfecho das negociações com Grécia.

 

Euro regressa às quedas

Depois de ontem no fecho da sessão, a moeda europeia ter avançado 0,62% para os 1,1236 dólares, esta terça-feira o euro está em terreno negativo. O euro desce 0,53% para 1,1177 dólares. Porém, ao início da manhã a divisa europeia chegou a avançar uns ligeiros 0,04%. A expectativa de que o Banco Central Europeu possa ser capaz de conter qualquer consequência que surja se a Grécia entrar em incumprimento impulsionou o euro.

 

Perspectiva de aumento da exportação iraniana pressiona petróleo

Os preços do petróleo estão a negociar sem uma tendência definida. O West Texas Intermediate desce 0,22% para 58,20 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desliza 0,13% para 61,93 dólares por barril.

 

A marcar a negociação no mercado petrolífero estão as perspectivas de um aumento das exportações de petróleo por parte do Irão, numa altura em que existe já um excesso de oferta. Diplomatas europeus e norte-americanos reunidos em Viena, Áustria, revelaram, de acordo com a Bloomberg, que um acordo nuclear amplo com o Irão pode ser alcançado dentro de dias.

 

Ouro em queda com fortalecimento do dólar

O ouro está a cair 0,20% para 1177,43 dólares por onça, penalizada pelo fortalecimento da moeda norte-americana. No entanto, a situação da Grécia está também a penalizar a evolução do metal precioso, considerado um investimento de refúgio.  

 

Destaques do dia:

Dívida portuguesa é a mais castigada pelo terramoto de AtenasA crise grega abalou os mercados e os juros da dívida foram os mais penalizados. Portugal voltou a liderar as subidas, mas os máximos de 2012 são apenas passado, dizem os analistas. Leilões de Espanha e Itália vão testar a resistência no mercado.

Grécia: Banca lusa tranquila apesar de exposição de 82 milhõesA exposição dos bancos portugueses à Grécia é residual face à dimensão que tinha em 2010. Tranquilidade do sector e dos seus clientes é a palavra de ordem por estes dias.

BPI desafia Banco de Portugal com Euribor zeroTanto no preçário como nas simulações, o banco liderado por Fernando Ulrich define que, caso a média do indexante do crédito à habitação seja negativa, o valor a considerar é de zero. Uma prática que contraria as orientações do regulador.

Taxas mínimas chegam a mais famílias nas revisões em JulhoAs prestações do crédito à habitação vão voltar a diminuir. Pelo segundo mês consecutivo, as revisões da mensalidade nos contratos indexados à Euribor a três meses vão contemplar valores negativos.

Venda do Novo Banco pode ter leilão final para subir ofertas
Banco de Portugal já avisou os finalistas à compra do banco de transição que pode abrir um leilão final. Pedido de "best and final offers" servirá para desempatar propostas e fazer subir o preço a pagar pelo Novo Banco.

Sonae encaixa 106 milhões com uma operação de venda e arrendamento futuroA venda e posterior arrendamento de 12 lojas, no dia 29 de Junho, gerou um encaixe de 105,9 milhões de euros, sendo que o total do segundo trimestre ascende a 184,7 milhões.

O que vai acontecer hoje:

 

Grécia. Termina o prazo para o reembolso de 1,6 mil milhões de euros ao FMI

 

INE. Vendas a retalho, em Maio [anterior (homólogo): 3,5%]

 

INE. Índice de produção industrial, em Maio [anterior (homólogo): -0,5%]

 

Zona Euro. Taxa de desemprego, em Maio [anterior: 11,1% ; estimativa: 11,1%]

 

Zona Euro. Índice de preços no consumidor, em Junho

 

Alemanha. Vendas a retalho, em Maio [anterior (homólogo): 1,0% ; estimativa: 3,0%]

 

EUA. Índice S&P/Case-Shiller de preços na habitação, em Abril [anterior (homólogo): 4,14%]

 

EUA. Índice PMI de Chicago, em Junho [anterior: 46,2 pontos ; estimativa: 50,0 pontos]

 

EUA. Índice de confiança dos consumidores, em Junho [anterior: 95,4 pontos ; estimativa: 96,8 pontos]

 

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