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Progressos no Eurogrupo afundam juros da dívida grega

A bolsa de Atenas está a valorizar pela quinta sessão consecutiva e os juros da dívida estão a afundar em todas as maturidades. A "yield' associada aos títulos a dois anos afunda quase 190 pontos base.

Reuters
10 de Maio de 2016 às 10:17
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A reunião extraordinária dos ministros das Finanças da Zona Euro terminou ontem sem acordo. No entanto, o Eurogrupo quer evitar o impasse que conduziu ao verão quente de 2015, e fechar um entendimento até ao próximo dia 24 de Maio que possibilite a transferência de mais cinco mil milhões de euros para os cofres de Atenas.  

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, garantiu ainda que serão aprofundadas as discussões sobre o alívio da dívida grega, através de períodos mais longos de carência e para o reembolso dos empréstimos, que deverão entrar em vigor no fim do programa, ou seja, em 2018.

Esta terça-feira, os progressos alcançados em Bruxelas estão a ser aplaudidos pelos investidores. O índice grego FTASE avança 2,62% para 174,85 pontos, estando em terreno positivo pela quinta sessão consecutiva.

A animar a bolsa de Atenas está, sobretudo, o sector financeiro, com o índice que reúne os maiores bancos do país – FTSE/Athex Banks Index – a escalar 4,54%. As maiores subidas são protagonizadas pelo Alpha Bank, que avança 5,53% e pelo Eurobank Ergasias com ganhos de 4,69%. O National Bank of Greece soma 3,4% e o Piraeus Bank valoriza 4%.

Já os juros da dívida grega estão a registar descidas acentuadas no mercado secundário. A "yield" associada aos títulos a dois anos afunda 189 pontos base para 7,707%, enquanto os juros das obrigações a dez anos caem 61,6 pontos base para 7,813%, o valor mais baixo desde 3 de Dezembro de 2015.

Findo o encontro dos ministros das Finanças, os trabalhos regressam agora ao grupo técnico que irá avaliar o impacto das medidas de austeridade aprovadas pelo parlamento grego neste domingo – reformas das pensões e do sistema fiscal - o plano B exigido pelo FMI para ser accionado "automaticamente" no caso de Atenas não cumprir as metas orçamentais, bem como os termos através dos quais se garantirá aos gregos um novo alívio da sua dívida. 

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