Notícia
Onde param os outros resgatados?
A Grécia foi o primeiro país do euro a ser resgatado em 2010 e já vai no terceiro programa de assistência. Todos os outros intervencionados terminaram os respectivos resgates nos prazos previstos.
Irlanda
O velho tigre voltou a rugir
Enda Kenny perdeu a maioria, mas continua a governar.
Foi com estrondo que o "tigre celta" caiu prostrado em Novembro de 2010. Seis meses depois da Grécia, a Irlanda convertia-se no segundo país a pedir um resgate aos parceiros europeus e ao FMI: 67 mil milhões de euros, quase metade destinado a cobrir perdas dos bancos a quem desavisadamente o Governo de Brian Cowen, do Fainna Fáil, dera uma garantia pública quase ilimitada. Cinco anos volvidos, o "tigre" está de pé e ruge forte. Em 2015 a Irlanda terá crescido 6,9%, o desemprego caiu para níveis pré-crise (9,4%), a dívida pública desceu do pico de 120% para 98% do PIB, e o défice orçamental deverá baixar para 1,3% do PIB neste ano e acomodará novas descidas de impostos. Apesar da perda da maioria em 26 de Fevereiro, Enda Kenny, líder do Fianna Fáil, fechou um acordo histórico com os rivais do Fine Gael e voltou a ser empossado primeiro-ministro, 70 dias depois das eleições.
Chipre
O mais maldito dos resgates chegou ao fim
Nicos Anastasiadis continua a ser o presidente de Chipre.
Foi o quarto país do euro a ser resgatado e o primeiro em que o montante do empréstimo externo (que significa dívida a ser paga pelos contribuintes) foi fixado depois de um "bail-in", ou seja, depois de accionistas e obrigacionistas, incluindo quem detinha depósitos acima de 100 mil euros, terem sido chamados a financiar o salvamento da banca do país. Três anos depois do resgate mais "maldito" da história do euro, Chipre fez há um mês uma "saída limpa" do programa, na linha do que sucedeu na Irlanda e em Portugal. Dos nove mil milhões prometidos pelos parceiros europeus (aos quais se acrescentariam mil milhões do FMI), foram transferidos para Nicósia 6,3 mil milhões, pelo que sobram 2,7 mil milhões. Como não cumpriu todas as medidas previstas no memorando (designadamente a privatização da operadora de telecomunicações) Nicósia foi forçada a dispensar a última fatia.
Espanha
Um país sem Governo
Mariano Rajoy volta a correr às eleições pelo PP.
Espanha é um caso diferente dos outros quatro resgates. O seu resgate, decidido em 2012, deu-lhe até 100 mil milhões de euros para injectar na banca, dos quais utilizou 41 mil milhões. Dois anos depois, Madrid saiu oficialmente do programa de ajustamento. O balanço é misto. Do lado da economia, Espanha está a crescer a um dos ritmos mais fortes da Zona Euro, esperando--se que o seu PIB avance 2,7%. Por outro lado, o desemprego ainda não deverá descer abaixo dos 20% este ano e o défice deverá continuar acima dos 3% do PIB. Politicamente, podia ser difícil imaginar uma convulsão maior: o separatismo ganhou fôlego, principalmente na Catalunha, onde as eleições regionais de 2015 resultaram numa maioria pró-independência. Por outro lado, as eleições legislativas deixaram o país num impasse, sem partido ou coligação que consiga formar Governo. Há novas eleições a 26 de Junho.
O velho tigre voltou a rugir
Enda Kenny perdeu a maioria, mas continua a governar.
Chipre
O mais maldito dos resgates chegou ao fim
Nicos Anastasiadis continua a ser o presidente de Chipre.
Foi o quarto país do euro a ser resgatado e o primeiro em que o montante do empréstimo externo (que significa dívida a ser paga pelos contribuintes) foi fixado depois de um "bail-in", ou seja, depois de accionistas e obrigacionistas, incluindo quem detinha depósitos acima de 100 mil euros, terem sido chamados a financiar o salvamento da banca do país. Três anos depois do resgate mais "maldito" da história do euro, Chipre fez há um mês uma "saída limpa" do programa, na linha do que sucedeu na Irlanda e em Portugal. Dos nove mil milhões prometidos pelos parceiros europeus (aos quais se acrescentariam mil milhões do FMI), foram transferidos para Nicósia 6,3 mil milhões, pelo que sobram 2,7 mil milhões. Como não cumpriu todas as medidas previstas no memorando (designadamente a privatização da operadora de telecomunicações) Nicósia foi forçada a dispensar a última fatia.
Espanha
Um país sem Governo
Mariano Rajoy volta a correr às eleições pelo PP.
Espanha é um caso diferente dos outros quatro resgates. O seu resgate, decidido em 2012, deu-lhe até 100 mil milhões de euros para injectar na banca, dos quais utilizou 41 mil milhões. Dois anos depois, Madrid saiu oficialmente do programa de ajustamento. O balanço é misto. Do lado da economia, Espanha está a crescer a um dos ritmos mais fortes da Zona Euro, esperando--se que o seu PIB avance 2,7%. Por outro lado, o desemprego ainda não deverá descer abaixo dos 20% este ano e o défice deverá continuar acima dos 3% do PIB. Politicamente, podia ser difícil imaginar uma convulsão maior: o separatismo ganhou fôlego, principalmente na Catalunha, onde as eleições regionais de 2015 resultaram numa maioria pró-independência. Por outro lado, as eleições legislativas deixaram o país num impasse, sem partido ou coligação que consiga formar Governo. Há novas eleições a 26 de Junho.