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Portugal emite mil milhões de euros em nova dívida. Juro alivia a nove anos

Portugal foi ao mercado de dívida de longo prazo para colocar 1.007 milhões de euros em duas linhas de obrigações a nove e 12 anos. A "yield" de ambas ficou acima de 3%.

A agência que gere a dívida pública, liderada por Miguel Martín, diz aos investidores que o país tem um “baixo” risco de refinanciamento e um perfil de amortizações “suave”.
D.R.
13 de Setembro de 2023 às 10:55
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Portugal financiou-se em 1.007 milhões de euros no mercado de dívida a longo prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou esta quarta-feira um leilão de duas linhas de obrigações do Tesouro (OT) a nove e 12 anos. Quando anunciou esta operação o IGCP apontou para um montante indicativo global 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros.

A operação ficou marcada pela descida do juro pedido pelos investidores no caso da dívida que vence daqui a nove anos. 

No que diz respeito à maturidade mais curta, ou seja até 16 de julho de 2032, o organismo liderado por Miguel Martín colocou 485 milhões de euros com um juro de 3,383%, abaixo dos 3,549% verificados em março, quando o IGCP colocou 397 milhões de euros no mercado.

No caso da maturidade mais longa, ou seja, até 12 de outubro de 2035, o IGCP emitiu 522 milhões com uma "yield" de 3,632%. Este juro fica acima dos 3,587% pagos em julho, pedidos pela emissão de 282 milhões de euros.

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Portugal continua a beneficiar do bom desempenho da sua economia, fator que fez com que recentemente a S&P subisse o 'outlook' para a economia nacional",começa por explicar Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.

"Dos países da periferia, Portugal, é o que apresenta o menor 'spread' face à Alemanha o que tem permitido a que não se assista a uma escalada do prémio de risco destas novas emissões", acrescenta Filipe Silva. 


Quanto à procura, a linha mais longa foi mais atrativa do que as obrigações com maturidade mais curta. Na primeira, a procura foi 2,96 vezes superior à oferta, enquanto na segunda o rácio "bid to cover" foi de 2,51 vezes.

"A procura em ambas as emissões foi elevada, sendo que na mais longa foi bem superior à do último leilão e a demonstrar a confiança que os investidores têm em comprar divida nacional", sublinha o diretor de investimentos do Banco Carregosa. 
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