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Fesap conta com subida do salário mais baixo para 878 euros para fechar acordo

Os novos valores colocados em cima da mesa vão aumentar a base remuneratória no Estado para 878,41 euros, conclui a Fesap. Depois da reunião do secretariado nacional, José Abraão entende que há condições para um acordo com plurianual com o Governo.

Pedro Catarino
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Os novos valores que o Governo colocou em cima da mesa vão reforçar o aumento na base remuneratória no Estado para 6,9%, colocando-a nos 878,41 euros por mês (acima dos 875 euros anunciados), conclui a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), que considera estarem reunidas as condições para um acordo plurianual com o Governo.

Inicialmente, o Governo tinha anunciado que a base remuneratória que está hoje nos 821,23 euros e numa segunda proposta o Governo comprometeu-se a subir este valor para 875 euros, cinco euros acima do salário mínimo (que se aplica tanto a público com a privado). Na base remuneratória da administração pública estavam, segundo dados divulgados no ano passado, 160 mil pessoas.

Só que, de acordo com os esclarecimentos prestados esta manhã, a nova proposta do Governo prevê uma subida de 56,58 euros no caso dos salários médios e baixos (com a garantia de 2,15% a partir dos 2.674 euros).

"Por consequência da contraproposta que nos foi apresentada hoje a base remuneratória será superior a 875 euros, garantindo o aumento de 56,58 euros de qualquer trabalhador da AP vai beneficiar no próximo ano", disse ao Negócios José Abraão, da Fesap, no final da reunião do secretariado nacional da estrutura sindical. Com o acréscimo aplicado aos valores atuais, esse montante sobe a base para 878,41 euros.

Já em relação ao texto do acordo, "há ajustamentos que vamos querer fazer que não têm dificuldade. Estes pequenos acertos acabam por criar todas as condições para que a Fesap possa celebrar um acordo até 2028", acrescentou.

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) também admite um acordo com o Governo, que segundo explicou ao Negócios Helena Rodrigues será discutido internamente esta terça-feira.

A Frente Comum (da CGTP) já anunciou que ficará de fora do entendimento.

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