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Natwest impulsiona setor da banca europeia para máximos de mais de nove anos
Uma revisão em alta do preço-alvo espoletou um movimento positivo no setor da banca, em plena época de resultados. No sentido inverso, o BCP foi o que mais caiu.
O setor da banca na Europa alcançou esta segunda-feira máximos de mais de nove anos, numa altura em que vive um bom momento em bolsa, com os resultados do terceiro trimestre das instituições financeiras a permanecerem robustos apesar de uma deterioração da margem financeira.
O sub-índice da banca do Stoxx 600, denominado de SX7P, subiu 0,68% para 209,51 pontos, o valor mais elevado desde 19 de agosto de 2015. Das cotadas que compõem o índice 34 encerraram em sentido positivo e 13 no vermelho. O BCP, que passou a integrar o índice em dezembro do ano passado, foi o que mais caiu ao desvalorizar 2,61%, corrigindo parte dos ganhos acentuados da semana passada, quando anunciou resultados positivos e uma subida do "dividend payout" aos acionistas.
Os analistas associam a movimentação a uma valorização do banco britânico Natwest, o antigo Royal Bank of Scotland, que ganhou 2,61% para 385,1 cêntimos de libra, o valor mais elevado em 13 anos, retornando o valor da ação a valores anteriores à crise financeira e ao resgate estatal.
A subida acontece depois de os analistas do banco de investimento Peel Hunt terem revisto em alta o preço-alvo para as ações do banco, de 410 para 450 cêntimos de libra, citando o bom desempenho visível nas contas do terceiro trimestre. A recomendação está em "comprar".
O Natwest valoriza mais de 75% desde o início do ano. A subida coincide com a venda por parte do Estado britânico de uma posição de controlo da instituição que no Reino Unido é acima de 30%. Isto apesar de ainda ser o maior acionista, com 29,8% do capital. A instituição foi nacionalizada em 2008 e o Tesouro manteve uma posição maioritária até março de 2022.