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Novos investidores compensam pouca adesão na troca de dívida da Mota-Engil

A construtora obteve os 95 milhões de euros que pretendia com a colocação de obrigações junto de investidores de retalho, mas sobraram títulos na operação de troca de dívida que tinha emitido em 2013.

Paulo Moutinho 01 de Julho de 2015 às 16:54

A Mota-Engil concluiu com sucesso a operação de financiamento através de obrigações destinadas a pequenos investidores. Obteve 95 milhões de euros, sendo que para este resultado contribuiu a procura na oferta pública de subscrição que mais do que compensou a oferta de troca pelos títulos emitidos há dois anos, nos quais a construtora ofereceu uma taxa de 6,85%.

 

A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins pretendia emitir até 148.355 novas obrigações na oferta de subscrição. Acabou, de acordo com o comunicado enviado à CMVM, por registar uma procura de 1,42 vezes, mas isto porque foram transferidas para esta operação 8.355 títulos da oferta de troca de dívida. Nesta componente, obteve 74,17 milhões de euros.

 

Na oferta de troca de dívida, com a qual a Mota-Engil pretendia obter 25 milhões de euros, acabou por conseguir 20,82 milhões, menos que o objectivo, já que houve menor adesão por parte de quem já era obrigacionista da construtora. A meta era trocar 50 milhões de obrigações, mas só obteve ofertas para 83,3% destes títulos, tendo de passar a diferença para a componente de subscrição para chegar aos 95 milhões desejados.

 

Mais de 7.500 investidores

 

No âmbito destas operações, de subscrição e de troca, a Mota-Engil ficou com mais de 7.500 investidores, sendo que apenas uma pequena parte são obrigacionistas que aceitaram trocar uma taxa de 6,85% pela de 3,9%, por um período de quatro anos e sete meses, recebendo além dos juros corridos até à emissão dos novos títulos um bónus de 14,64 euros em dinheiro. Foram 1.188 os que aceitaram a troca.

 

A maior parte dos investidores são novos. No comunicado enviado à CMVM, a Mota-Engil revela que conquistou 6.404 subscritores para as suas obrigações de retalho, com a maioria a ficar com apenas entre uma e cinco obrigações, ou seja, investindo entre 500 e 2.500 euros. Mais de 90% subscreveu até 50 títulos da construtora, havendo dois que aplicaram mais de 250 mil euros, cada.

 

(Notícia actualizada às 17h03 com mais informação sobre a operação de financiamento junto de investidores de retalho)

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