A Mota-Engil conseguiu alcançar o objectivo de financiamento de 95 milhões de euros com a operação de emissão e troca de obrigações, em que oferecia um juro de 6,85%. A procura superou a oferta em 1,41 vezes, na emissão de novas obrigações, com mais de 6.400 subscrições. Mas, a troca de obrigações ficou aquém do objectivo. A construtora alocou obrigações previstas para troca à oferta pública de subscrição para conseguir alcançar o financiamento total pretendido.

Uma operação de troca tem "tipicamente menor adesão que a emissão de novas obrigações", justifica Gonçalo Moura Martins. Mas, "a adesão dos investidores às novas obrigações compensou muito largamente", superando as expectativas, tendo em conta o contexto, disse o presidente-executivo da construtora. Por isso, "o resultado ainda foi melhor do que pensaríamos, afirmou, na apresentação dos resultados, na Euronext Lisboa, esta quarta-feira.  

"Estamos conscientes que o contexto evoluiu desfavoravelmente", com o desenrolar de acontecimentos na Grécia, admitiu Moura Martins. Mas a forte procura "evidencia a qualidade do produto financeiro proposto" e a "confiança registada pelo mercado de retalho na Mota-Engil, na sua estratégia e na sua equipa de gestão", diz a Mota-Engil.