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Europa recua com receio de menos cortes de juros pelo BCE
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa recua com receio de menos cortes de juros pelo BCE
As bolsas europeias encerraram quase todas em baixa, com novos receios em torno dos cortes das taxas de juro para lá de junho, sustentados pelos discursos de dois membros do Banco Central Europeu, a pesarem sobre as ações das gigantes na região.
O índice de referência Stoxx 600 encerrou a ceder 0,13%, para 522,94 pontos e a pressionar estiveram sobretudo os setores industrial, automóvel e tecnológico, que recuaram 0,80%, 0,40% e 0,42%, respetivamente.
A indústria foi pressionada pela queda de 11,9% da energética sueca Nibe, após a baixa classificação pelo Citygroup. Também a Azelis caiu 13% e atingiu o pior dia de que há registo, depois de os principais acionistas (EQT Partners e PSP Investments) venderem ações da fabricante de produtos químicos especializados.
Em alta estiveram apenas os setores da banca e das telecomunicações – que ganharam 0,71% e 0,47%, respetivamente.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perdeu 0185%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,26% e o PSI lisboeta recuou 0,48%, pressionado por 11 cotadas que desvalorizaram, com destaque para a Navigator.
Ainda do lado das quedas estão o índice italiano FTSEMIB e o AEX, de Amesterdão, que cederam ligeiros 0,03%.
Em contraciclo, o espanhol IBEX 35 avançou 0,25%.
Dúvidas sobre futuros cortes fazem juros agravar na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro avançaram esta sexta-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações, à medida que os investidores reduzem as apostas numa flexibilização monetária depois da prevista para junho, sustentada pelos discursos de Isabel Schnabel e Luis de Guindos, membros do Banco Central Europeu, que não se comprometeram com qualquer descida para lá da do próximo mês.
O agravamento dá-se ainda no mesmo dia em que a taxa de inflação na região se manteve inalterada nos 2,4% no mês de abril.
Antes da avaliação de rating pela Moody’s, a dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, viu os juros avançarem 5,7 pontos base, para 3,123%. Em Espanha, a "yield" agravou-se em 5,2 pontos, para 3,267%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para o mercado europeu, somaram 5,6 pontos base, para 2,514%.
A rendibilidade da dívida francesa subiu 5,4 pontos base, para 2,989%, enquanto a da dívida italiana registou um aumento de 5,1 pontos, até aos 3,704%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, saltaram 4,8 pontos base para 4,126%.
Dólar quase inalterado com rumo da política monetária da Fed ainda incerto
O dólar terminou o dia sem tendência definida, com o mercado ainda indeciso sobre o rumo da política monetária da Reserva Federal (Fed).
O dólar desce 0,042% para 0,9198 euros. Em relação ao iene sobe 0,097% para 155,5350 ienes.
Apesar do abrandamento da inflação nos Estados Unidos ter animado o mercado, o presidente da Reserva Federal de Nova Iorque Jonh Williams não vê razões para baixar as taxas de juro a curto prazo. "Não vejo nenhum indicador que me diga ... que há uma razão para mudar a orientação da política monetária agora", acrescentou.
Em resultado, apesar de o mercado estar a contar com uma descida das taxas de juro até dezembro, a probabilidade de que haja um corte já em setembro diminuiu, refere a agência de notícias.
"Pode haver literalmente uma mão cheia de relatórios de Índices de Preços no Consumidor (IPC) e uma mão cheia de relatórios de emprego antes que a Fed faça algum movimento", disse Matt Weller, diretor global de "research" na FOREX.com, citado pela Reuters.
Petróleo está a caminho de ganho semanal
Os preços do petróleo estão a caminho de terminar a semana em terreno positivo, numa altura em que foi divulgado pela Agência Internacional de Energia que as reservas de petróleo norte-americanas diminuíram e que as instalações de uma refinaria russa foram atacadas.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,04% para 79,26 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança 0,04% para 83,3 dólares por barril. Em termos semanais, o WTI ganha 1,24% e o Brent do Mar do Norte está a valorizar 0,58%.
A Energy Information Administration anunciou que as reservas norte-americanas diminuíram em 2,5 milhões de barris na semana passada, mínimos de mais de um mês. A Agência Internacional de Energia também reduziu a estimativa da procura para 2024 em 140 mil barris por dia para 1,1 milhões de barris diários.
Os investidores antecipam agora que na reunião da OPEP a 1 de junho, o grupo de países produtores de petróleo deve manter as restrições à produção de crude.
A intensificar a ideia estiveram também as tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia, depois de a refinaria russa de Tuapse ter sido atacada por drones ucranianos. As instalação já esteve parada anteriormente durante três meses, este ano, na sequência de um ataque anterior.
Previsão de alívio de juros dá brilho ao ouro. Prata em máximos de 11 anos
A semana acaba em alta para os metais preciosos, impulsionados pelas perspetivas de cortes nas taxas de juro nos EUA para este ano, depois de novos dados da inflação terem revelado uma economia mais frágil do outro lado do Atlântico.
Os preços do ouro caminham para o segundo ganho consecutivo da semana, totalizando uma subida de 1,5%. O metal amarelo segue a subir 1,72% para os 2.417,76 dólares por onça.
Também a prata atinge esta sexta-feira o valor mais alto desde 2013: sobe 3,63% para os 30,96 dólares, ultrapassando, assim, a barreira das três dezenas que permanecia há 11 anos.
"Os sinais de que a inflação possa estar a abrandar aumentam a perspetiva de cortes nas taxas de juro nos próximos meses, o que tende a apoiar os preços do ouro e da prata", explicou à Reuters Frank Watson, analista da Kinesis Money.
Do lado da procura do ouro, a contínua e forte compra por parte da China ganhou impulso, depois de o país ter anunciado esforços para estabilizar o setor imobiliário atingido pela crise. Os compradores chineses passam a ser a maior fonte de rendimento do metal amarelo, já que os investidores preveem um arrefecimento estratégico das compras dos bancos centrais.
Além destes, também a platina avança 1,57%, para 1.079,80, e, esta semana, acumulou ganhos de 7%.
Wall Street abre mista num dia recheado de discursos de responsáveis da Fed
Os principais índices em Wall Street abriram em ligeira alta esta sexta-feira, à medida que os investidores ajustam as suas expectativas para a política monetária dos Estados Unidos.
O índice de referência S&P 500 soma 0,028% para 5.298,59 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,016% para 16.695,64. Ambos alcançaram máximos de fecho na quarta-feira. Já o industrial Dow Jones soma 0,024% para 39.878,83 pontos.
Depois do abrandamento da inflação, a cautela abraçou novamente os mercados, com os investidores a reavaliarem as expectativas de corte das taxas de juros da Reserva Federal (Fed) para uma redução em 2024, em vez de duas.
"Com os bancos centrais muito dependentes de números, os mercados estarão também a ajustar as expectativas em função dos dados que forem divulgados", aponta, Stuart Cole, economista-chefe de macroeconomia na Equiti Capital.
Hoje o mercado vai estar atento ao discurso de vários responsáveis da Fed, incluindo Christopher Waller (membro do conselho de governadores), Neel Kashkari (governador de Minneapolis) e Mary Daly (governadora de São Francisco) para encontrarem pistas sobre o rumo da política monetária.
Entre os maiores movimentos destaca-se a Reddit, que sobe 15,19% para 65,05 para dólares, depois de ter anunciado que vai fazer uma parceria de conteúdos com a tecnológica OpenAI.
A GameStop, por sua vez, continua em trajetória de correção e afunda 25,59% para 20,59 dólares, depois de ter disparado 74% na segunda-feira e 60,1% na sessão de terça-feira, com especulação em volta do retorno de Keith Gill, considerado um dos responsável pelo movimento "meme stock" em 2021.
Europa em terreno negativo à espera de uma política cautelosa do BCE
Os principais índices europeus abriram a sessão desta sexta-feira em terreno negativo, depois de Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), ter se mostrado contra cortes consecutivos nas taxas de juro em junho e julho, preferindo uma abordagem mais cautelosa.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, desvaloriza 0,4% para 521,50 pontos, pressionado pela indústria tecnológica e pelo setor industrial, que recuaram 1,28% e 1,04%, respetivamente. Em contraciclo, o setor das telecomunicações lidera os ganhos e valoriza 0,24%.
Entre os principais movimentos de mercado destaca-se a Nibe, que desvaloriza 7,60% para 56,04 coroas suecas, após a Citygroup ter descido a recomendação da empresa do setor industrial de "buy" para "neutral".
No lado dos ganhos, destaca-se a Richemont, que valoriza 4,62% para 143,80 francos suíços. A empresa de luxo apresentou resultados acima do esperado no primeiro trimestre do ano e encontra-se a reestruturar a sua administração, nomeando Nicolas Bos como o novo CEO do grupo.
Os investidores vão agora analisar os novos dados da inflação da Zona Euro e da União Europeia, que se mantiveram estáveis em 2,4% e 2,6% , respetivamente, em comparação com o mês anterior.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, só o espanhol IBEX 35 valoriza, com ganhos de 0,12%. Já o alemão Dax perde 0,53%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,55%, o britânico FTSE 100 cede 0,35%, enquanto o holandês AEX regista uma queda de 0,48% e o italiano FTSEMIB subtrai 0,10%.
Dólar recupera mas deve fechar a semana com a maior queda em mais dois meses
O dólar está a valorizar, mas mesmo assim prepara-se para ter a maior queda semanal face ao euro em mais de dois meses, numa altura em que a inflação e a economia dos EUA registam um abrandamento. A divisa europeia é ainda apoiada pelo crescimento da economia alemã, que valorizou mais do que o esperado durante o primeiro trimestre de 2024.
A "nota verde" valoriza 0,17% para 0,9217 euros, enquanto o iene regista uma queda de 0,32% para 0,0064 dólares. A divisa nipónica já desvalorizou mais de 9% em 2024 face ao dólar e, embora tenha registado ganhos nas últimas semanas após intervenção do banco central japonês, a tendência negativa continua a constituir uma dor de cabeça para Tóquio, de acordo com a Reuters.
Juros agravam-se na Zona Euro com prespetiva de cortes por parte da Fed
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, numa altura em que os investidores antecipam um corte nas taxas de juro já em setembro nos EUA e a economia alemã cresceu mais do que o esperado no primeiro trimestre de 2024.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos avançaram 2,4 pontos base para 3,090%, enquanto os das Bunds alemãs - referência para o mercado europeu - aumentaram 1,8 pontos base para 2,476%.
Já a "yield" da dívida espanhola, a 10 anos, valorizou 1,7 pontos base para 3,231%. A rendibilidade das obrigações italianas, com maturidade idêntica, subiu 2 pontos base para 3,773% e a da dívida francesa avançou 1,8 pontos base para 2,954%.
Ouro encaminha-se para a segunda semana consecutiva de ganhos
Os preços do ouro preparam-se para registar a segunda semana consecutiva de ganhos, numa altura em que dados da atividade económica nos EUA mostram um abrandamento da inflação, o que aumentou as expetativas dos analistas de um corte nas taxas de juro já em setembro.
O metal amarelo valoriza 0,26% para 2.383,00 dólares por onça, depois de ter registado máximos de um mês na sessão anterior.
Os preços do ouro também têm capitalizado com um dólar mais fraco - nesta semana, a "nota verde" desvalorizou 0,7% quando comparada com um grupo de outras moedas -, o que torna o metal amarelo mais apetecível para mercados que comprem noutras divisas.
Petróleo valoriza com expetativas que a OPEP mantenha restrições
Os preços do petróleo encaminham-se para fechar a semana com ganhos modestos, numa altura em que a Energy Information Administration anunciou que as reservas norte-americanas diminuíram em 2,5 milhões de barris na semana passada, mínimos de mais de um mês. A Agência Internacional de Energia também reduziu a estimativa da procura para 2024 em 140 mil barris por dia para 1,1 milhões de barris diários.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,50% para 79,63 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança 0,65% para 83,81 dólares por barril.
Os investidores antecipam agora a reunião da OPEP a 1 de junho, onde o grupo de países produtores de petróleo deve manter as restrições à produção de crude. Os preços do petróleo continuam elevados, mas abaixo dos valores que atingiram em abril, numa altura em que as tensões geopolíticas no Médio Oriente parecem estar a diminuir a sua influência nos preços da matéria-prima, de acordo com a Bloomberg.
Ásia fecha mista. Europa aponta para o vermelho
As bolsas asiáticas fecharam mistas, enquanto a negociação de futuros na Europa aponta para uma abertura no vermelho, numa altura em que os investidores antecipam um crescimento de 2,4% no índice de preços no consumidor em abril na Zona Euro, igual ao do mês anterior, e avaliam a resposta do governo chinês à crise no mercado imobiliário.
Na China, Shangai viu o seu índice de referência, o Shangai Composite, a subir 0,15% para 3 127,13 pontos. Já Hong Kong valorizou 0,49% para 472,11 pontos, numa altura em que o governo chinês anunciou medidas drásticas para combater a crise no setor imobiliário.
Os ganhos no país foram ainda sustentados pelos resultados robustos da Alibaba e da Baidu. As receitas do primeiro grupo superaram os 222 mil milhões de yuan durante o primeiro trimestre de 2024. Já a Baidu reportou resultados acima do esperado, com receitas de 31,51 mil milhões de yuan entre janeiro e março de 2024.
No resto da Ásia, o japonês Topix foi contagiado pelas subidas chinesas e valorizou 0,3%, enquanto o Kopsi, da Coreia do Sul, recuou 0,98% e o S&P/ASX, da Austrália, caiu 0,85%.