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Biden impõe as sanções mais agressivas do mandato à energia russa. Crude salta mais de 4%
Antes de deixar de ter controlo, a administração de Joe Biden aplicou mais um pacote de sanções à indústria de petróleo russa, levando o Brent acima dos 80 dólares por barril, o que não acontecia desde outubro.
A dias de passar a liderança da Casa Branca a Donald Trump, Joe Biden impõe mais um pacote de sanções à indústria petrolífera da Rússia. O presidente cessante tenta encontrar formas de aumentar a vantagem da Ucrânia nas negociações de paz com Vladimir Putin antes de Trump assumir o poder.
As medidas anunciadas esta sexta-feira, 10 de janeiro, visam duas empresas que gerem mais de um quarto das exportações de crude da Rússia por via marítima: a Gazprom Neft e a Surgutneftegas, que exportaram cerca de 970 mil barris por dia nos primeiros dez meses de 2024, cerca de 30% das vendas russas. Mas a lista vai mais longe.
A administração de Biden sancionou ainda seguradoras e 180 embarcações de comerciais vitais ao negócio, de acordo com um relaótio a que a Reuters teve acesso.
Estas são as sanções mais agressivas que Washington já aplicou a Moscovo desde que estalou a guerra na Ucrânia há mais de dois anos. Embora Trump possa levantar as sanções a qualquer momento, poderá ser "politiamente desagradável" fazê-lo dado o largo apoio tanto dos republicanos como dos democráticos ao país presidido por Zelensky.
As punições podem pôr em causa a oferta e o fornecimento da matéria-prima russa nos principais mercados internacionais e os efeitos já se sentem.
O contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – chegou a avançar 4,3% para os 77,1 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – somava 4% para os 80 dólares, o valor mais alto desde outubro.
Entretanto os índices reduziram os ganhos e estão ambos a subir 1,6%.