A agência de notação financeira Moody's manteve a notação da dívida soberana de Portugal em A3, o que corresponde ao sétimo grau da categoria de investimento de qualidade (ou seja, quatro níveis acima de "lixo").

Em novembro do ano passado a agência norte-americana tinha subido o rating da República para o clube do 'A', colocando a avaliação de risco acima de Espanha - algo que nunca tinha acontecido. Já o "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) foi revisto em baixa, de positivo para estável, e agora mantém-se nesse patamar.

"O atual ‘rating’ de Portugal é sustentado pela sua economia competitiva e diversificada, pelos níveis de riqueza relativamente altos e pela elevada robustez institucional", refere a agência no relatório divulgado nesta sexta-feira, 17 de maio.

Quanto aos desafios, a Moody’s aponta "o nível ainda elevado do rácio da dívida pública face à maioria dos ouros países classificados com o mesmo ‘rating’, embora este rácio da dívida pública revele uma tendência sustentada de descida".

 

Segundo a agência, os desenvolvimentos desde a última revisão, em novembro, "têm-se mostrado generalizadamente consistentes com as expectativas da Moody’s".

 

"O PIB real de Portugal aumentou em 2,3% em 2023, um crescimento muito mais rápido do que o da União Europeia (0,4%)", sublinha a agência de notação financeira, que prevê um "sólido crescimento de 1,8% no PIB real em 2024 e de 1,9% em 2025.

Esta é a segunda agência a pronunciar-se desde as eleições legislativas de 10 de março. Isto depois de a Fitch ter também optado pelo "status quo" a 22 de março.

A última das quatro principais agências – Fitch, Moody’s, Standard & Poor’s e DBRS – a integrar Portugal no cobiçado patamar de A foi a S&P no início de março, sendo a única que tem um "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) positivo.

O atual rating de A3 significa que a agência considera que Portugal dispõe de uma "forte capacidade de reembolso" da dívida.

(notícia atualizada)