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Fitch mantém "rating" e perspetiva de Portugal
A agência de notação financeira manteve a classificação da dívida soberana portuguesa em A-, com perspetiva estável.
A Fitch manteve o "rating" de Portugal, em A-, que corresponde a quatro níveis acima de "lixo". Foi em setembro que a agência de notação financeira elevou a classificação da dívida soberana de longo prazo, para o atual nível, colocando-a assim no clube do A.
A última das quatro principais agências – Fitch, Moody’s, Standard & Poor’s e DBRS – a integrar Portugal no cobiçado patamar de A foi a S&P no início deste mês, sendo a única que tem um "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) positivo, já que as restantes três o têm avaliado como estável.
A Fitch decidiu manter a perspetiva estável e o atual "rating" corresponde ao sétimo nível da tabela - um patamar em que se considera que o emitente tem uma forte capacidade de reembolso da sua dívida.
Esta é a primeira agência a pronunciar-se desde as eleições legislativas de 10 de março.
A Fitch admite que os resultados das eleições podem prenunciar "dinâmicas difíceis entre potenciais parceiros de coligação que poderão resultar num período de incerteza política e negociações arrastadas e a possibilidade de novas eleições" ou "um governo minoritário que tem de obter apoio da oposição".
No entanto, a agência nota que "com base num elevado consenso político sobre políticas orçamentais prudentes, o cenário central da Fitch é de que isto não se traduzirá num alívio orçamental" que possa pôr em risco a trajetória de redução da dívida pública.